Gosto horroroso do ódio

Gosto horroroso do ódio

Queimavam meus olhos, de tantas lágrimas;

estremeciam minhas entranhas.

Minha bílis se espalhava pelo meu corpo.

Ante a ruína do filho de meu pai quase morto.

Quando nas ruas da cidade desfaleciam o meu

olhar perdido feito menino e as crianças de peito.

A lembrança de meus tormentos é minha infelicidade.

É para mim absinto e a toxina, a pensar nisso sem

cessar,minha alma se desfalecia dentro mim buscando

a verdade.

Eis, porém, o que vou tomar a peito pra recuperar a

esperança.

Esperaram precipitar-me no fosso rolando uma pedra

sobre mim, confundiram minhas lembranças.

A cima de mim subia as águas de sua ganância.

E com um nó na garganta e na ânsia da resposta,

“estou perdido!” exclamei.

O NOVO POETA. (W.Marques).