Tiro certeiro

Tiro certeiro

Lágrimas de sangue, sangue em poça na avenida.

Uma morte que chega é o despir de uma vida.

Hoje a morte fez festa o pobre morreu com um

tiro na testa.

Será que a vida presta ou é melhor morrer sem

ter certeza do que resta.

E o que resta presta ou é um pequeno cisco que

caiu na aresta do olho.

Sangue vermelho, sangue que espirra no espelho.

Manto que cobre o horror, manto que esconde o

dor.

Foi um tiro certeiro matou ele porque que na fila

ele era o primeiro.

Foi engano um tiroteio na saída de um banco

qualquer.

Estava feliz antes do tiro, estava esperando seu

filho nascer, mas esse ele não vai ver.

A morte não tem dó, a vida nos dá nó.

Foi, foi junto com negra e feia morte.

É o coitado não teve sorte.

O NOVO POETA. (W.Marques).