Quantas máscaras precisamos para rirmos de nós mesmos?
E, claro, ao ver cada ângulo torto e difuso
De um riso malandro, um riso erótico,
Um riso malfadado e um riso engraçado.
Sem ironia um palhaço se traveste de gente
E pede emprestado um pouco da sua melancolia...
É estranho ver cada maquiagem borrada de angústia,
E cada boca calada reclamando do mundo,
Para poder perder pedaços e espaços, ao passo
Que remonta a alegoria triste de si mesmo.
O que é absoluto na gargalhada infante?
Que seria exato no rir da multidão cega
Ao ver o último mágico retirar da cartola
O último comediante da hipocrisia cotidiana...