Tal como um raio revela

A sobeja cobardia

Que perfidamente intenta

Emaranhar a lisura

Em jogos de infame intriga,

O incontido grito desvenda

O perverso estratagema

Do calculista na sombra

Que o meu grito estraçalha

Na caverna onde se acoita

Rasgo a mudez do silêncio

Do meu grito se faz eco

E tal eco se faz canto

Alastrando no céu limpo

Revelo a nítida auréola

E o meu grito desabrocha

Em flor, borboleta que voa

Transluzindo evidência

Isento esplendor da alma!