DENSAS BRUMAS


Densas brumas do tempo desprendidas
lembram a quietude da noite
cinzelando a ternura dos teus beijos
despertando o sol noturno dos momentos de aconchego.
Nesta vontade de vê-la
acordam instantes esquecidos
e no perfume das rosas orvalhadas
o sentir de coisas já perdidas.
A noite embala o desconsolo do poeta
num misto de saudade e tristeza
desenhando em letras disformes
recados que o vento esqueceu de entregar.
O tempo transformou em pó o ontem
e o hoje anuncia que resta apenas
a cantiga desses versos
eternizando a hora no espaço vazio.

Praia de Jurerê Internacional
26/02/10
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 26/02/2010
Reeditado em 22/03/2010
Código do texto: T2109060
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