Como posso ser eu, se ainda sou você?
Como posso alcançar as nuvens
Se o arco-íris, não me leva mais até você?
Como posso pensar em mim
Se dia após dia só consigo pensar em você?
Por que os anjos não ouvem mais as minhas suplicas de amor?
Por que eles não ouvem mais a voz do meu coração que sangra?
Será que, como você, eles também estão tão longe assim de mim?
Posso vê-lo em cada paisagem, em cada objeto que olho...
Posso senti-lo em cada lágrima que em mim cai...
Em cada murmúrio de amor suplicante
Ouço os grito desesperado da minha alma solitária!
Como posso caminhar na estrada da vida
Se os seus passos não acompanham mais os meus?
Como posso estar feliz, se os seus olhos
Já não procuram mais os meus?
Sem você não me encontro em lugar algum deste mundo
Sinto me só, como um animal em extinção...
Estou acorrentada em minha própria dor
Sofrendo por um amor que só me trouxe desilusão...
Como posso viver assim, se a sua ausência
Traz-me o gélido frio da solidão?
Como posso ser eu, se só consigo ser você...
Como posso sorrir, se só vivo chorando?
Confinada e solitária estou...
A solidão me assombra, a tristeza me impede
De retornar ao caminho que me leva até você...
O sol não brilha mais, a noite parece não ter mais fim!
Estou presa a um passado que não voltará mais...
Não encontro o caminho de volta para o presente.
Sou prisioneira de um amor sem fim.
Por isso, meu amor,
Estou desatando o elo que tanto me feriu!
Não posso mais conviver com esse amor acorrentado a mim...
