No teatro da vida
Muitas são as vezes que se entra em “palco”
Muitas são as vezes que se troca de “personagem”
Os tempos de entrada em “cena” também se alteram
Se confundem entre a saída e entrada
Entre o vestir e despir de cada personagem
Temos de o ser em muitos palcos
E por vezes ao mesmo tempo
Sendo palhaço…
E o mais “sério” actor
Entre o certo e o errado
Entre o querer e o ser obrigado a ser
E quantas vezes em pleno palco
Termos de ser palhaço
Que faz rir
Mas que por si só chora!!!
Que esse sim, seria o seu desejo
O de ser palhaço mas firme
E manifestar o que seria seu desejo
Chorar…
Então sai do “palco” e chora
Chora por ter de ser o que não é
E chora…
Em outros Teatros da vida
Se é farsante…
Comediante…
Se é objecto de adorno…
Se é adorno “morto”…
E quando se tenta ser o actor sério
Se é confrontado com a realidade
Nua e crua, de que se sendo sério
Se perde a carreira que se anseia
E a tudo vale
Até para aquele que se encerra
No personagem de actor sério
E se falha, se não se for como a escumalha
Que se diz ser honesta
Mas que não passa de palha…
CAMAFECA
BOSTON UK 03 04 2007