[Ou o relógio conta-gotas]
As horas que furtadas foram, secas
No jorrar incessante da história
Veste o velho filosofo boas becas
Para ensinar a morte da memória
A vida flui veloz dentro do barro
O homem volta à lama, no primórdio
Antes de ser macaco já tardio
Antes de ser o mais divino erro
E as horas, os minutos e segundos
Começam a deixar o leito quente
Frio a cobrir o vazio de repente
E sobrando somente os ecos mudos