Formas de luz sem cores, as imagens
Que tremeluzem, longe de mim, longe.
A vida é como um pássaro que foge
Admirando o tédio das paisagens
Com o frio desinteresse de adulto
Que vive com pensamento de luto.
As sombras que ao passado desfiguram
Oh Vermes antropófagos nascentes
Devorando a memória de meus entes
Queridos. Estas dores febris curam
Minhas visões tediosas de viajante,
Sepultura de pedras vacilantes...
As lágrimas eternas da culpa comem
Minha ilusória máscara feliz
Que me mostra verdades, que me diz
— Sois como uma lembrança, como um homem
E a verdade desfaz com a quimera
Sobra um corpo que foi, que uma vez era...