Na Bruma dos Ancestrais

NA BRUMA DOS ANCESTRAIS

Que eu deixasse de tolice,

Foi você que, um dia, me disse.

Que o amor seria platônico.

E, ainda que supersônico,

Deveria ser sublimado,

Bem contido e amordaçado.

E que esta vontade madura,

Ficasse amarrada e segura.

Mas, depois de tudo isso,

Como era esperado e cediço,

Finalmente, nós cedemos.

Assim, talvez encontremos,

Escondidos na neblina,

Nossa sorte, nossa sina,

Sem preconceitos morais...

Na bruma dos ancestrais!