Que eu deixasse de tolice,
Foi você que, um dia, me disse.
Que o amor seria platônico.
E, ainda que supersônico,
Deveria ser sublimado,
Bem contido e amordaçado.
E que esta vontade madura,
Ficasse amarrada e segura.
Mas, depois de tudo isso,
Como era esperado e cediço,
Finalmente, nós cedemos.
Assim, talvez encontremos,
Escondidos na neblina,
Nossa sorte, nossa sina,
Sem preconceitos morais...
Na bruma dos ancestrais!