Sem instrumentos... canto... leito...
              (Em 20 de novembro de 2015, hoje)
 
Nota.Também em gravação no Áudio. Se alguém quiser ouvir... Feliz fim de semana, amigos.
Nota 2. Este soneto não fala de ninguém que pertença ou tenha pertencido ao Recanto das Letras.



Eu esgotei a taça hoje. Foi
assim, repentinamente, que vi
vida, passagem,morte minha em ti...
Nem sei se escrever sobre isso sói

ainda... Se nada mais vale a pena
soar... E nem sei se isto é soneto
bastardo, que o seja. Crio uma cena
sem instrumentos, nem canto, nem leito

sem luto, que já nem sei me enlutar
pelas vidas esvaídas em nada,
sem lutas nem despedidas, o amar

transfeito em palavras ocas. E roda
o mundo, mesmo assim perto da morte
roda, ainda... e eu também, muda.