Sociedade diluída
Sociedade diluída
Uma sociedade diluída, derretida
Líquido é o seu espírito
Uma sociedade solúvel, volúvel
Volátil é o seu sentido
Como o líquido que escorre, mutações que ocorrem
Nada está nas mãos, tudo escorre pelos vãos
De dia se pensa uma coisa, a noite muda-se de opinião
Sociedade que pensa ter liberdade, mas vive na prisão
Ninguém sabe o que quer, livre com algemas nas mãos
Ninguém acata as convenções, todos com as suas munições
É muito chumbo trocado, tiro para todo lado e em todas direções
É o vil metal, derretendo e transformando-se em ilusões
As mentes estão todas diluidas e escorrendo pelo chão
Sociedade que escorre, gritando alto me socorre
Jonas Luiz
São Paulo, 28/11/17