A Suave Ira do Vento ( ao meu amado Citediniammani)

Pensando...

Suave ira afronta adverso,

Verso impõe mudanças...

Oculta força latente

Indistinguível raiz ou semente

Fim e princípio entrelaçados

Giram insano rodamoinho.

Ouviste nascituro choro?

Percebeste o suspiro último?

Nada era importante ...

Tudo dissolvido no ar.

Fúria da vida, veloz demais

Três séculos em três anos

Três vidas e três mortes

Aprendizagem na escalada

Lavo mãos no magma

Enxugo em altas nuvens.

Longo tempo vagando, errante.

Desnorteada, alma perdida

Assim habitei escuridão

Mendigando migalhas, restos

Por mim própria traída.

Tristeza, solidão e dor

Na ilusão de conseguir amor

Sentenciei ali auto- condenação.

Castelos que fiz na fumaça

Desfizeram- se com o vento

Não entendi sua ira

Destruindo meu sonho irreal

Mas hoje exergo sua lealdade

Ao me apontar o meu mal

Conheci enfim o amor

Verdadeiro, primaz sentimento

O vento retornou para mim

Retirou aquele lamento

Disse ele assim:

"Maria, viu o que fiz?

Aniquilei a mentira.

Fiz isso por te amar,

Você é minha menina!!!

Citediniammani é real

Ele existe, de fato,

Com ele há sentimento

Não há mais inexato.

Mantenha a sua verdade

Acredite mais em si mesma.

Seja feliz minha filha,

Não traia mais tua essência!!!

Assim sigo em frente

Não vou olhar para trás

Meu Pai, o Vento é sábio

Ele sempre sabe o que faz.