Real?


O que é ser real? Um ser em punho, no ato final!?
Uma conjuntura de risos profanos e palavras em dó...?
Será que o ser em espécie especial... espacial!?
O que é ser real? Precisa ter gosto, ter cor... Ter imagem em real?...
Tão crucial é ficcionar a emoção alheia... Para obter uma simples constatação?...
E a verdade onde fica... Onde se esconde o ser humano, afinal?
Nas entranhas, de uma mentira ocasional... No dizer comum e racional... Nas linhas, tão finas, da agonia do vampiro emocional!!!
O que dizer de fatos, que enfim viraram atos? ... Revela feito brisa que maltrata feito vento... Coisa rala...
Coisa louca é a mentira em sulcos!
O que é ser real? Um monte de lacunas soltas, que desejam ter o norte como direção!... Não, absolutamente... Não!
O ser falso, por vezes, é tão verdadeiro... Que vira sol!... Quando se apresenta real é arbitrário... Falso colosso em máscara musical!
Que lindo sonho... Em criança eu tive! Eu real... Verdadeiro frasco aberto aos poucos... Um dia de "Alice"... Um dia de lua, em gato... Feito tantos que eu dia eu vi... Em dó, guardo-me agora... Em música que o real apaga... Em risco forte que tornarei rabisco.
Uma mina d'água que me afunda em poço... Um  despencar em paredes de tijolo em limo... A luz  virou estrela... Cairá em mar do esquecimento... Porque, nenhum momento será lembrado... Nem brisa, nem encantamento...
A pena marca a face, de uma vida inteira em espera mansa... Feito sonho, quando eu era criança!... Uma falsa espera que se lança... Em papiro... A pena marca o fim... Do rito!
O que é ser real, afinal?... Um monte de atos escrotos... Que envolve o lixo?

Acho que ser real é apresentar-se... Olhar nos olhos da platéia e reverenciar-se ao destino implacável da mentira... Que só no peito do ator era verdade... Do Grego, Teatro!... A Dionísio, deixo uvas... Deixo festas!



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