Dinheiro, Mulher e Cachaça

Dinheiro, mulher e cachaça...

Resolvi fazer em versos

Essa tal dissertação

Pois a prosa não tem métrica

Não me dando nem tesão.

Três coisas danadas de boa

Se incluir, amizade e violão...

Pode até excluir o dinheiro

Das outras, não abro mão.

O dinheiro move o mundo

É uma lente de aumento

Faz bem ao altruísta

A quem falta é sofrimento,

Faz do avaro um tirano

Tira a fome do inocente

Faz do valente covarde

O covarde ficar valente.

Falar de mulher bonita

Como se fosse coisa feia

É ver pecado na beleza

Invejando a vida alheia.

Falar de mulher é fácil

Não tem assunto melhor

Mas se o cabra for um liso

Não fica uma ao redor.

A cachaça é uma amiga

No frio da solidão

Só não cometa excessos

Pratique moderação.

A bebida é grande desgraça

Pra quem não sabe beber

Mostra o espírito do homem

Dar-lhe um falso poder.

Quem diz dinheiro é um mal

Da moeda uma face desconhece

Desculpa-se da bonança

Na miséria vive e padece,

Não valoriza o trabalho

Que o todos enobrece

Trata o suor por vil metal

E a labuta embrutece.

Mulher, uma bela desgraça

Pra quem não sabe escolher

O sujeito, mete a cara na cachaça

Põe todo dinheiro a perder.

Mas, se for bom companheiro

E tiver discernimento

Na mulher encontra abrigo

E vivera sem tormento.

Tudo isso é ponto de vista

Não leve em consideração

Vamos beber, trocar idéias

Ao som de um bom violão.

Finalizando esses versos

Sem rodeio, sem aresta

Se tiver, dinheiro, mulher e cachaça...

Convide-me pra essa festa.

Claudo Ferreira
Enviado por Claudo Ferreira em 02/12/2007
Reeditado em 13/01/2014
Código do texto: T761219
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