Múltiplos caminhos levam a diferentes lugares,
Por vezes voltando sem ter ido a lugar algum.
Os endereços são linhas de incontáveis cantares,
Traços delineados em um quadro comum,
Letras, são de domínio público e não pertencem a ninguém,
Estão presentes em tudo que conceba o registro,
Dividem-se em argumentos do mau e do bem,
Anunciando o que passou ou o que está previsto,
Mas, as que assento tem direção certa,
E reproduzem a evolução dos meus sentidos,
Discorrem sobre a ternura nesta nova descoberta,
Descansando na liberdade dos sonhos vividos,
Meus vocábulos têm orientação num rumo infinito,
Chegam ao seu destino, (eu sei), entram sem bater,
São glamoures, chamados num arranjo de gritos,
Na expectativa que um ‘anjo’ os queira receber,
Chamamentos na espera de um resultado,
Na busca incessante de poder ser feliz,
Um apelo de um homem apaixonado,
Apropriadas intenções de um espírito aprendiz,
Trilho este acesso neste exercício complexo,
Tentando, continuamente, chamar tua atenção,
Valho-me, por vezes, de palavras que parecem sem nexo,
Para que saibas que ainda és a dona do meu coração!
Amaro Larroza.