VOCÊ FOI

Publicado por: Socrates Di Lima
Data: 20/02/2014
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

Sócrates Di Lima
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


VOCÊ FOI
(Sócrates Di Lima)

Você foi, minha maior ilusão,
Você foi a minha mentira,
De maior repercussão,
Você foi uma dor que não se retira,
Assim, tão fácil com a mão.
Você foi o meu maior compromisso,
As inverdades dos meus sentimentos,
Você foi muito mais do que isso,
Minhas fantasias e meus pensamentos.
Você foi minha fantastica estória,
Escrita em quatro mãos,
'Você foi minha esquecida memória,
Nos becos lamacentos da louca paixão.
Você foi meu tesão mais sutil,
O tremor da minha carne em fogo,
Você foi meu maior desejo viril,
Você foi, enfim, meu viciado jogo.
Você foi minha promessa mais sórdida,
Minha intrépida invençao,
Você foi minha vontade mais sólida,
Você foi o meu coraçao vilão.
Você foi meu horizonte perdido,
As águas tormentosas dos meus mares,
Você foi a lava do meu vulcão esquecido,
Que explodiu de repente em meus olhares.
Você foi minha doce alegria,
Minha santa castidade,
Você foi a base da minha poesia,
E hoje você é, a minha saudade.
Você foi o sangue que banhou meu olhar,
Quando a tarde se deitou vencida,
Quando a brisa não quis mais me tocar,
Nem o orvalho de uma flor amanhecida.
Você foi a minha incisão mais profunda,
Que nunca vem a cicatrizar,
Você foi a minha vontade fecunda,
Aquela que nunca deixa de brotar.
Você foi a minha insanidade,
Minha paz e desassossego,
Você foi a minha felicidade,
Que se perdeu no desapego.
Você foi sem nunca ter sido,
O suor que derramou em minha pele,
O orgasmo compadecido,
 resgatado, no odor que o prazer expele.
Você foi minha ingratidão...
A minha culpa sem perdão...
Você foi, meu maior rascunho,
Meu retrato em branco e preto,
Minhas palavras em punho,
Meus cristais quebrados no ímpeto.
Você foi, minhas palavras mudas,
Minhas madrugadas bem humoradas,
Minhas audições mais surdas,
Aos sons das lagrimas  derramadas.
Você foi a minha mais mentirosa paixão,
Que de amor se fez vazar meu coraçao.
Você foi a minha estrada mais longa,
Na minha caminhada mais curta,
Você foi tantas conversas sem delongas,
Que gritam no eco que o meu abismo escuta.
Você foi, sem nunca ter vindo,
Minha mais insansata lucidez,
Mas, enfim, você é minha saudade parindo,
A vida que vivo, um dia de cada vez.
Você foi, minhas cartas sem margens,
Minhas frases sem vírgulas e pontos finais,
Minhas imagens, vertigiosas miragens,
minhas mais longas retiscências reais e viruais
.
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 20/02/2014
Reeditado em 20/02/2014
Código do texto: T4698578
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