O ultimo soneto, até sempre... Feliz Natal

Pálpebras escuras e meus olhos retraídos
Estou apagado tão longe e indiferente 
São tantas mazelas e dores sentidas
Que me rasgam a carne, ferem profundamente

 Todo sonho se esvai transparente
 Calo a vida em lágrimas contidas
O que adianta futuro, sem mero presente
A doença me leva e mexe os sentidos   

Tentei sorrir, aparecer, amar e disfarçar 
Chegou o Natal curta muito este lindo momento
Vim me despedir e por último te abraçar.

Depressão e outros me causam tanto mal 
Ao sair, até sempre... por favor apague a luz 
O poeta se despede com carinhoso abraço,
                     Feliz Natal!


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