Sobre Van Gogh

Dizem ser impossível não emocionar-se na frente de uma das telas do gênio Van Gogh.Conhecendo ou não arte, é impossível não reconher os traços fortes torcidos, as cores luminosas e muitas vezes melancolicas, na sua obsessão pelo amarelo, no céu pintado pelo artista que não é somente um céu, feito comummente com azul, Van Gogh parece dar vida a ele, parece incendiá-lo, ou dar-lhe ondas fortes e grandiosas, o que seria o reflexo de sua própria alma torturada. A vida conturbada e triste conhecida por todos, ajuda a imaginar os sentimentos e as fortes emoções que o estariam atordoando no momento de sua grandiosidade, ao conseguir transpor para tela seus sentimentos e fazer o espectador senti-lo também.Um solitário artista, que teve uma vida miserável, talvez encontrasse no colorido de suas telas e rapidez de seus traços a redenção em vida, mas não foi exatamente assim, em sua época não foi reconhecido, e não vendeu sequer uma única tela quando vivo, apenas seu irmão comprou algumas para ajudar-lhe. Os critícos e tampouco seus colegas artistas (exceto Gauguin) deram-lhe credibilidade.Atualmente suas telas são consideradas a mais forte pintura de todos os tempos e veneradas no mundo inteiro, valem milhões, e emocionam qualquer individuo que as admirem, Se encontram em grandes museus, diferente da época em que foram pintadas, quando foram negadas em grandes exposições.É comum na história da arte grandes artistas não serem reconhecidos em seu tempo e somente décadas depois descobrirem o valor de suas obras.Com o gênio Van Gogh, não foi diferente, mas talvez sua biografia tenha sido, de todos os grandes artistas das artes plásticas, a mais aterrorizadora e emocionante. Fracassou em inúmeras tentativas de trabalhos, entre eles até mesmo tentou ser pastor, mas sua demasiada sensibilidade fez com que fracassasse, nessa e nas seguintes tentativas de obter sucesso e respeito de sua própria família.

Tardiamente decidiu-se assumir como artista, e tardiamente alcançou o sucesso, pode se dizer que tarde demais...

Débora R
Enviado por Débora R em 07/03/2006
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