vazio

E ando por cima dos edifícios,

sem nada dentro.

meu amor, é meu sacrifício,

a madrugada meu tormento.

Procuro palavras, feito um vício;

reviro o fundo, feito um bicho;

a alma chora, o desperdício;

meu poema é solitário, alento.

Daqui destas marquizes,

a lua ainda é a mesma;

e apenas trái, os meus dias felizes.

Guardarei a ilusão

de que o qmor é bom;

mas é a solidão,

que se equiliibra e dança

ouvinda "Ana Carolina e Legião".

Entre os muros da razão,

não saberei amar de novo

me envolver? não sei, não ouso!

minha poesia é tão vazia,

feita a barca, ancorada no cáz.

E eu, entre esses dois precipícios;

de um lado o mar,calmo, morto;

do outro essas cidades impáres, silêncio;

apenas sofro.

22/10/08

Edmilson Cunha

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 13/01/2009
Código do texto: T1382933
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