PROFISSÃO APRENDIDA NA GESTAÇÃO

“Sempre que solicitei, me foi dado caneta, lápis e papel, bem como lápis de cor, para desenhar e colorir. Nunca deixei de ter uma tesoura para recortar, cola para colar e jamais minha concentração foi desrespeitada. Jamais me faltaram também admiradores e elogios. Quando eu via meu tio Anecildo, com doze ou treze anos, tocando qualquer instrumento, ficava estático e logo pegava o violão para fazer barulho, isto quando eu tinha menos de cinco anos.

Eis uma das coisas que o dinheiro não paga – a satisfação de saber que se está agradando, fazendo as pessoas felizes. A cada dia que passava eu saboreava sem pressa a satisfação de estar realizando o que antes eu achava impossível. Todos os dias via meus desenhos multiplicados por milhares nos jornais e aos domingos até minha assinatura aparecia. Aí eu passasra dos vinte e um anos.” – Wilson do Amaral