Eu amo minhas cidades

Eu sempre amo a cidade onde estou morando, em virtude de adaptar-me aos lugares e às pessoas com as quais devo conviver. Minha terra natal é Jundiaí, onde residi em três fases: a 1ª , até 1968, a 2ª, de 1982 até 1996. A terceira, espero que seja a derradeira, a partir de 2005.

Em São Paulo, residi durante 11 anos, conquistando boas amizades em breve espaço de tempo, participando de diversas atividades profissionais, culturais e espirituais. Minha rica vida sempre foi embasada no tripé de valores: amor-conhecimento-evolução, não sendo, portanto, uma cidade em particular o meu foco principal. Amo a cidade de São Paulo, a qual representou para mim, uma universidade, onde desenvolvi muitas potencialidades em diferentes atividades. Por outro ângulo de visão, mantive-me sempre em estado de alerta para não desviar de meu norte...

Em Porto Feliz-SP, vivi um dos períodos mais felizes até o momento, quando atingi o auge das minhas realizações, relacionadas ao meu campo de ação. Enalteço seus recantos pitorescos, como o da Gruta N.Srª de Lourdes, uma réplica da original da França, que se localizava defronte à minha residência. De lá, nas suas tardes bucólicas, eu admirava o pôr- do- sol...

O paredão da Gruta, com suas camadas salitrosas, chamava a atenção dos turistas. Musgos de um verde aveludado brotavam espaçadamente, enquanto diversas vegetações pendiam de suas beiradas, proporcionando uma refrescante umidade, e dela correndo um fio de água que era então represado numa bica. A famosa água de Porto Feliz ! Quem bebe daquela água, sempre volta !

Nos finais de semana e feriados vinham turistas para orarem na Gruta... Porto Feliz respira história, e o município promove anualmente, a semana das Monções, que resgata o período do desbravamento do Brasil. Eu te amo, maravilhosa cidade pequena, mas, o trem que é a minha vida não pode parar...

Retornei à minha terra natal, sentindo-me uma turista, observando tudo à minha volta, seu progresso e com um desenvolvi-

mento cultural que não devia nada a outra cidade. Em breve período de reconhecimento, encaixei minha peça novamente, nas atividades culturais do movimento alternativo e relacionando-me com uma infinidade de pessoas afins. Nosso Grupo Renascendo conseguiu um cantinho na Serra do Japi e a partir desse núcleo vivi uma outra fase feliz, frequentando durante muitos anos todos os recantos desse tesouro ecológico. Fatos marcantes ocorreram em pleno coração de suas matas... Viverei eternamente lembrando-me desses momentos.

Um princípio de incêndio, certa vez, foi combatido por nós, porque a guarda florestal tardou em chegar ao local. Minha mãe e eu lutávamos contra o fogo na beira da estrada, enquanto minhas amigas até queimaram os cílios, tentando apagar as altas labaredas que queriam devorar as copas das árvores. Essa foi a nossa maior prova de amor à Serra do Japi. Apelidaram-me de "Helenice Renascendo Japi".

Devido à avançada idade de minha mãe fui morar em Itupeva-SP, com minha família... A calma era tanta que eu dizia: Itupeva ? Só se descer um disco voador ! Lá morei durante 9 anos.

Em abril de 1997, ocorreu um dos fatos mais sensacionais da região: numa colina, no Bairro de Monte Serrat, foram vistos quatro seres vestidos de branco, andando com dificuldade em volta de um OVNI, caso que rendeu um dossiê, que enviei ao Cid Moreira, na TV Globo, resultando na visita de representantes dessa TV, no Rio, à Prefeitura de Itupeva, e a promessa de instalação de uma sucursal em nossa região. Ligaram para mim, para divulgar o fato, mas, a TV Record já tinha nos procurado anteriormente.

Amo Itupeva, circundada por 8 cidades e seu povo hospitaleiro. Como admiro seus belos postais! A Mata Inhandjara, o Cristo Redentor abençoando a cidade, mergulhado no azul das noites eternamente estreladas. Na Gruta do Quilombo, local de romarias, vivi a maior aventura da minha vida...

Estou renascendo pela terceira vez em JUNDIAÍ...

********

(do livro: Eu amo minha cidade- Vol. I )

EDITORA IN HOUSE, de Jundiaí