Jean de La Fontaine, pai da fábula moderna.

 
Em 1621, Jean de La Fontaine nasceu em Château-Thierry, França. Sua família pertencia à pequena burguesia de sua cidade.
 
Em 1641, entrou para o seminário, que abandou após um ano. Também estudou Direito em Paris, mas não concluiu o curso. Substituiu o pai como inspetor de águas e florestas.
 
Em 1647, casou-se com uma jovem de catorze anos, separando-se pouco tempo depois.
 
Em 1654, traduziu a comédia Eunuco, do dramaturgo latino Terêncio.
 
A partir de 1659, devido à sua difícil situação financeira, foi auxiliado por diversos nobres e mecenas literários.
 
Em 1664, publicou a obra Contos. Na época, fez parte do grupo conhecido como "O Quarteto da Rue du Vieux Colombier", com Racine, dramaturgo e poeta, Boileau, crítico e poeta, e Molière, comediógrafo, todos os três franceses.
 
Entre 1664 e 1674, La Fontaine concluiu a maior parte de seus contos e fábulas; além disso, publicou o romance Psiquê, o poema Saint-Malo, a comédia mitológica Climene. Escreveu também sonetos, baladas, odes e traduziu versos latinos.
 
É famoso por suas Fábulas, inspiradas em Esopo, escravo grego, que viveu há mais ou menos 3000 anos. Famoso por ter escrito histórias de animais, contendo um ensinamento, tinha a intenção de mostrar como nós, homens, podemos agir. Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. La Fontaine reinventou a fábula, introduzindo-a definitivamente na literatura ocidental, por isso é considerado o pai da fábula moderna.  Suas fábulas, narrativas cujos personagens são animais, satirizam e criticam a sociedade da sua época, mostrando a vaidade, a estupidez e a agressividade humanas, sempre contendo uma lição de moral. Assim sendo, elas tiveram muito sucesso. Até nossos dias, lemos fábulas, tão verdadeiros e atuais são seus ensinamentos.
 
Em 1683, reconhecido como um grande escritor, foi eleito membro da Academia Francesa de Letras.
 
Em 1695, morreu em Paris, França.
 
 
Uma famosa fábula de La Fontaine é 



 
A raposa e as uvas
 
Cotam que certa raposa,
Andando muito esfaimada,
Viu roxos maduros cachos
Pendente de alta latada.
 
De bom grado os trincaria,
Mas sem lhes poder chegar,
Disse: "estão verdes, não prestam,
Só cães os podem tragar!"
 
Eis que cai uma parra, quando
Prosseguia seu caminho,
E crendo que era algum bago,
Volta depressa o focinho. 
 
Moral da Estória:
Quem desdenha quer comprar.
 



Referências
http://lusomatria.com/noticias.php?noticia=1374
http://www.vidaslusofonas.pt/jean_de_la_fontaine.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_de_La_Fontaine