sete de novembro de 1970

Não vou começar de papo furado, vou direto ao assunto.

Sexta-feira, não sei por que, eu estava numa fossa danada, chorei, mas chorei tanto que parecia que alguém tinha morrido, eu soluçava, uma sensação horrível dentro de mim. Como eu disse, não sei o por que, talvez eu tivesse uma razão no meu interior, não sei dizer qual.

Telefonei o dia todo pro Júnior, ele não estava em casa e só foi me ligar às 7 horas da noite. Ele está inventando agora que vai me fazer um pouco mais carinhosa, que eu vou ter que ficar ligando pra ele, vai me dar um gelo etc. Esta estória (com "e" mesmo) é velha, mas deixa estar.

Depois de uma sexta-feira desta, tão chata e triste, pensei em ter um sábado magnífico, mas não tive, não vou dizer nada, você vai ver.

À tarde o Júnior veio aqui ficou dizendo que estava morrendo de sono.

Bem, pra começar não fui à praia. Continuando, ele estava com sono, muito bem, quando a Ana chegou aqui em casa uns cinco minutos depois ele resolveu, sem mais nem menos, ir embora. Juro que nessa hora eu pensei que ele fosse maluco, coisa mais sem pé nem cabeça!!

Mais tarde liguei pra ele, disseram que ele estava dormindo. Fim da história, ele não foi à festa, a diaba da festa que eu arranjei com tanto custo pra ir com ele e o danado não foi, dá raiva, não é?

Mas eu não deixei de ir, lógico, já tinha combinado com a Célia, o namorado, Ana e Fernando e o Júnior me dá uma dessa? Mas deixa estar, minha cara é que ficou do tamanho de um bonde. Parece (ou é verdade) que ele estava me chutando, que merda!!! Eu não merecia isso, né? Estou passada, depois eu continuo, tá?

Tchau.