oito de dezembro de 1970
Acordei às 10 e meia e fui pra praia. Antes, Viviane e Maria Luiza me ligaram. Continuando, até que a praia estava boa ficamos com a Valesca, Elaine e Maria Luiza.
Sabe? Pensei que o Júnior fosse, quer dizer, tinha uma esperançazinha que ele fosse, mas não foi. Tem um problema danado, ele só vai à praia quando a mãe dele, que mora aqui em Ipanema, não está viajando. Ele mora na Urca com o pai, como o "distinto" diz: "não quero dar uma de saquarema pegando ônibus pra ir à praia." bobo, né? Mas até que eu estou acostumando (tenho, né? ). Antes, sei lá, quando ele não ia, parecia que estava faltando alguma coisa e me dava logo vontade de vir embora, Ana até dizia: "quer ir embora só porque o Júnior não está aqui." Era verdade.
À tarde eu ia sair com a Ana e Rita, mas não fui esperando o Júnior me ligar, mas até agora NADA. Fiz um pacto comigo mesma, que não ia mais me chatear, pôxa, o que adianta eu me aborrecer, não vai fazer ele me ligar mesmo. Um dia desses esperei até às 7 horas, ele nada de me telefonar, menino, deu um troço dentro de mim que eu não parava de chorar, depois ele me telefonou, mas primeiro me fez sofrer, é fogo!!
Como eu já te disse o telefone dele escangalhou, mas podia falar pra fora, o César ligou pra Rita, o patife podia ter me ligado mais cedo. Eu e Rita enchemos a cabeça da telefonista a tarde toda para consertar o telefone deles, mas acho que não deu jeito.
Como você vê, hoje eu estou cheia de "mas" , não sei por que e também, estou falando pelos cotovelos, quando eu começo não consigo parar, será que é sistema nervoso?
Prosseguindo, fiquei em casa esperando o Júnior me ligar. Arrumei meu armário, fiz minhas unhas, fiz uma pá de coisa pra passar o tempo.
Bem, ele ainda não me telefonou, ainda tenho esperanças, vamos ver, vou aguardar.
Tchau.