primeiro de janeiro de 1972.

Ano Novo, vida nova, renovação de esperanças, uma nova janela se abrindo. Até que o ano passado não foi ruim, mas espero que este ano seja melhor ainda, vamos ver!

Passei em casa o Reveillon, estava muito bacana. Eu tinha 3 lugares pra ir, mas não estava com saco.

Sula e Lu vieram pra cá. Depois chegaram, meu irmão (meu dindo), minha cunhada Mônica, meus sobrinhos e um casal amigo deles e o Carlinhos.

Fizemos uma baguncinha bem gostosa.

Bem, quando chegou meia noite me bateu aquela fossa. Dei aquele abraço na mamãe e ela começou a chorar eu não aguentei e comecei a chorar também. Corri pra janela pra disfarçar, não queria que mamãe me visse chorando. Inesperadamente alguém me abraçou, era o Carlinhos, quando eu olhei pra ele as lágrimas escorriam de seus olhos, neste momento eu vi o quanto ele era emotivo e que usava uma máscara de durão, sei lá. Hoje ele estava um amor, animado pacas, não sei o que deu nele, antes assim, só conhecia o lado sisudo dele e que eu não gosto.

Lá pra uma e pouco fomos pra praia, menos o Carlinhos, ele disse que iria fazer uma farra por aí, não podia impedir, afinal de contas não somos casados, deixa ele curtir a vida, é tão curta, não é mesmo?

Chegamos da praia umas 3 e pouco da manhã.

A coisa mais importante do dia deixei pra te contar no final.

Lembra quando eu falei que eu, Rita e Ana tínhamos conhecido uns argentinos e que eles voltariam ao Rio no dia 31? Eles vieram.

Eu, Rita, Ana, Tia Luluca (mãe da Rita) e mamãe fomos esperá-los. Foi um custo, mamãe só queria ir se tia Luluca fosse, tinha horas que Tia Luluca queria ir outras não, ficamos nessa lenga lenga durante uma semana, pra aflição minha e da Rita. O importante é que fomos.

Quando eu os vi quase tive um troço principalmente o Danny, eu não acreditei, sei lá, acho que gamei mesmo, veja só aonde fui amarrar meu burro, gostar de um cara que é músico, que pouco vou ter oportunidade de ver ou nunca mais vou poder vê-lo (Deus me livre, isola).

Eu fiquei com o Danny, a Rita com o Juan e a Ana com o Chancha. Gravamos a beça eles cantando e tocando, conversamos muito, também, tudo correndo pra aproveitar bem o tempo, pois o navio iria partir às 11 horas.

Bem, na triste hora do adeus, eu e Danny fomos nos despedir e ele me deu um beijinho, quase morri! Ele disse que vai me escrever, vamos ver, mas como eu sou precavida eu peguei o endereço dele, se ele não me escrever eu escrevo pra ele, não tem problema.

Talvez ele só voltem em março, talvez...

Depois fui pra casa da Rita pra ouvir as gravações. Eles deram um disco deles pra gente. Ah meu filho, é este disco o dia todo.

Você precisava ver eu e Rita na maior fossa, chorávamos quando víamos as fotos deles, pô bicho, maior grilo! O Juan deu uma batelada de retratos dele pra Rita e um do conjunto do qual recortei o Danny porque a burra aqui esqueceu de pedir.

Esse foi o nosso encontro com eles MARAVILHOSO no início, mas acabou numa saudade, numa fossa inexplicáveis. Vamos ver se eles voltam mesmo em março, mas falta tanto...hum Meu Deus!

Agora que eu estou vendo, eu troquei as bolas, esse encontro foi no dia 31/12, mil desculpas, meu diário. Fechamos o ano com chave de ouro.

Tchau.

Me francesa
Enviado por Me francesa em 16/07/2009
Código do texto: T1703009
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