Vinicius de Moraes, o “poetinha”
 
Em 1913, nasceu Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes, nome que, aos nove anos, trocou para Vinicius de Moraes. Filho de uma pianista e de um poeta bissexto, desde cedo mostrou seus pendores para a poesia.
 
Em 1917, começou a frequentar a escola primária Afrânio Peixoto.
 
Em 1920, por disposição de seu avô materno, foi batizado na maçonaria, cerimônia que o impressionou.
 
Em 1924, iniciou o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, dos padres jesuítas, onde começou a cantar no coro do colégio e a participar, como ator, em peças infantis.
 
Em 1927, começou a compor com os amigos Paulo e Haroldo Tapajóz, Com eles, e alguns colegas do colégio, formou um pequeno conjunto musical que atuava em festinhas, em casas de famílias conhecidas.
 
Em 1929, Vinicius bacharelou-se em Letras no Santo Inácio.
 
Em 1930, entrou para a faculdade de Direito.
 
Em 1933, formou-se em Direito e publicou seu primeiro livro, O caminho para a distância..
 
Em 1935, lançou Forma e exegese, com o qual ganhou o prêmio Felipe d'Oliveira.
 
Em 1936, substituiu Prudente de Moraes Neto como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica. Publicou, em separata, o poema Ariana, a mulher.
 
Em 1938, foi agraciado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, para onde partiu em agosto daquele ano.
 
Em 1939, retornou ao Brasil devido à eclosão da II Grande Guerra.
 
Em 1941, tornou-se crítico de cinema e colaborador no Suplemento Literário do jornal A Manhã.
 
Em 1943, ingressou, por concurso, na carreira diplomática. Publicou Cinco Elegias em edição mandada fazer por Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria.



 
Em 1944, dirigiu o Suplemento Literário de O Jornal, onde lançou vários artistas plásticos.
 
Em 1945, sofreu grave desastre de avião perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Colaborou com vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema. Escreveu crônicas diárias para o jornal Diretrizes.
 
Em 1946, assumiu seu primeiro posto diplomático: vice-cônsul do Brasil em Los Angeles, Califórnia (USA), onde permaneceu quase cinco anos, sem retornar ao seu país. Publicou seu livro Poemas, sonetos e baladas.
 
Em 1951, começou a colaborar no jornal Última Hora, como cronista diário e posteriormente crítico de cinema.
 
Em 1953, compôs seu primeiro samba, música e letra, Quando tu passas por mim. Partiu para Paris como segundo secretário de Embaixada. Escreveu Orfeu da Conceição, que foi premiada no Concurso de Teatro do IV Centenário da Cidade de São Paulo no ano seguinte, e que teve montagem teatral em 1956, com cenários de Oscar Niemeyer. Posteriormente transformada em filme (com o nome de Orfeu Negro) pelo diretor francês Marcel Camus, em 1959, obteve grande sucesso internacional, tendo sido premiada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e com o Oscar, em Hollywood, como o melhor filme estrangeiro do ano. Nesse filme, trabalhou com Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim).
 
Em 1956, voltou ao Brasil, de licença-prêmio. A peça Orfeu da Conceição foi encenada no Teatro Municipal, com músicas de Antônio Carlos Jobim, dando início a uma parceria que, tempos depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar de bossa nova. Retornou ao posto, em Paris, no final do ano.
 
Em 1957, foi transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No final do ano, foi transferido para Montevidéu.
 
Em 1959, lançou o LP Por toda a minha vida, de canções suas com Jobim.
 
Em 1960, retornou à Secretaria de Estado das Relações.
 
Em 1962, fez seu primeiro show, que obteve grande repercussão, ao lado de Jobim e João Gilberto, na boate "Au Bon Gourmet", onde, com Carlos Lyra apresentou Pobre menina rica, ocasião em que foi lançada a cantora Nara Leão. Lançou o livro Para viver um grande amor. Gravou, como cantor, um disco com a atriz e cantora Odete Lara.
 
Em 1963, iniciou uma parceria que produziria grandes sucessos com Edu Lobo e retornou a Paris, assumindo posto na Delegação do Brasil junto à UNESCO.
 
Em 1964, no início da revolução, retornou ao Brasil, colaborando com crônicas semanais para a revista Fatos e Fotos e para o Diário Carioca.
 
Em 1965, ganhou o primeiro e segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell. 
 



Em 1966, saiu o livro Para uma menina com uma flor. Foram feitos documentários sobre o poeta pelas televisões americana, alemã, italiana e francesa. Seu Samba da bênção, em parceria com Baden Powell, foi incluído, em versão do compositor e ator Pierre Barouh, no filme Un homme... une femme, vencedor do Festival de Cannes do mesmo ano. Vinicius participou do júri desse festival.
 
Em 1967, estreou o filme Garota de Ipanema. Foi colocado à disposição do governo de Minas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto.
 
Em 1969, foi exonerado do Itamaraty.
 
Em 1970, iniciou parceria com o violonista Toquinho.
 
Em 1979, participou de leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), a convite do líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Voltando de viagem à Europa, sofreu um derrame cerebral no avião.
 
Em 1980, foi operado para a instalação de um dreno cerebral. Morreu nesse ano de edema pulmonar.
 
Inconstante no amor (seus biógrafos dizem que teve, oficialmente, 09 mulheres), um dia foi questionado pelo parceiro Tom Jobim: "Afinal, poetinha, quantas vezes você vai se casar?" Num improviso de sabedoria, Vinicius respondeu: "Quantas forem necessárias."
 
Em 2006, o governo brasileiro homenageou-o com sua reintrgração post mortem aos quadros do Ministério das Relações Exteriores, ocasião em que foi inaugurado o "Espaço Vinicius de Moraes" no Palácio do Itamaraty - Rio de Janeiro (RJ).
 
Como diplomata, morou nos Estados Unidos, França, Uruguai; como jornalista, escreveu em vários jornais do país; como poeta notabilizou-se pelos seus sonetos, forma poética que se tornou quase associada ao seu nome; e como músico e compositor, teve como parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra, lançou músicas de grande sucesso, fez shows, gravou CDs e foi um dos iniciadores do movimento bossa nova com Tom Jobim e João Gilberto.
 
Poeta essencialmente lírico, o “poetinha” (como ficou conhecido) Conhecido por também ser boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
 
Os temas fundamentais de sua obra são o mistério, a paixão e a morte. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música.
 
Escreveu, além das obras já citadas, entre outras, Novos Poemas, Condé, Pátria Minha, O Livro Inconsútil, Novos Poemas, O Mergulhador, História natural de Pablo Neruda, Vinicius de Moraes: Poemas de muito amor, A arca de Noé, Livro de Letras, Soneto de Fidelidade e outros Poemas, 
 
Referências

http://www.releituras.com/viniciusm_bio.asp
http://www.lastfm.com.br/music/Vinicius+de+Moraes/+wiki
http://www.cliquemusic.com.br/artistas/vinicius-de-moraes.asp
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u574.jhtm