Eu nunca me senti intimidado em falar de qualquer autoridade ou personalidade do contexto correntinense, mas confesso tímido quando se trata em descrever o pouco que sei deste monstro sagrado da cultura correntinense. Não cabe aqui fazer comparações de sua obra com a de outros autores locais; Hélverton é sem dúvida o grande referencial cultural que transpôs nossos limites e brilha onde quer que sua obra alcance. O grande mérito em toda sua grandeza estrelar, é a sua simplicidade, sua meiguice e trato para com todos, principalmente seu apego as coisas da terrinha, que ele sempre leva consigo por onde quer que vá. Embora sabendo que "santo de casa não faz milagres"  Valnir de Vessinho não se mostra incomodado com isso e está sempre nos trazendo uma novidade, nos promovendo em suas obras, independente da opinião ou do reconhecimento em sua terra natal.  Infelizmente isto é uma regra no mundo literário, onde muito de nossos escritores só tiveram o reconheciment em homenagens póstumas e como eu discordo deste princípio, faço aqui minha parte, em reconhecer o talento, a arte de nosso maior escritor, poeta e jornalista.  Ele escreve com maestria e se firma a cada dia com um estilo próprio, que certamente é o que mais o faz crescer no mundo literário e não se espantem se um dia perceberem o seu chapéu além do  alcance de nossas mãos, pois ali, certamente foi colocado pelo mérito.


A História de Correntina 2a. edição. Flamarion - Hélverton - Javan e Reizinho)

Era pra ser simplesmente Valnir de Vecinho, como todo mundo do lugar, que quase sempre é de alguém; um dia ele partiu do lugar, mudou de cidade levando consigo u consigo um pedaço de cada um de nós, que passamos a figurar em seus causos e poemas e tamanho é o barrismo do conterrâneo, que fez questão ser conhecido como Helverton Baiano;  vivendo em meio a "nata" do povo goiano, que soube reconhecer seu talento.


Hélverton  nasceu no mês de março, do ano de 1960, óbvio que foi em Correntina.  Filho de  Helvécio Crisóstomo da Silva, Vecinho,  um bravo caminhoneiro desbravador do arreião do cerrado rumo ao Planalto Central;  sua mãe  Dona Zenilda Neves da Silva, que após criar os filhos e estar viúva, retornara a escola e se transformara em TIA ZENA, a professora, numa época em que os meninos não mais chamam de professora os velhos e novos mestres, mas simplesmente Tia; viu de onde vem a determinação do poeta e escritor!  é de berço!
 

Os jornalistas Taquira Guerra e Helverton no lançamento 2a. edição A História de Correntina

Em 1976, concluído os estudos possíveis no município de Correntina, o menino partira para o estado de Goiás e fixa residência na capital. Estava determinado quanto a carreira escolhida, afinal, teve por laboratório, ainda em Correntina, a influência dos amadores jornalistas do lugar, nas pessoas de  Lúcio Alfredo Machado, Almir Bispo e Carlos Araújo, que naquela ocasião faziam circular na cidade uma pequena tiragem, mimeografada, de um periódico e ELE, o menino Valnir, entusiasmado, saia pelas ruas entregando o jornalzinho e atento participando de todo processo que lhe era possível participar. Pronto!  estava entranhado no âmago do menino o gosto pela arte da comunicação daí para ser poeta foi meio passo.

 
Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal de Goiás e em 1986 seu trabalho toma um impulso de popularidade, diante das tantas participações em eventos culturais pelo Estado. Sua carreira passa aparecer no cenário cultural do Estado, com participações relevantes: contos, poemas, cronista, contista e jornalista; entretanto, não se afasta por nenhum um momento de suas origens afetivas e culturais. Oito livros publicados; poemas, contos e dois deles como folhetos poéticos destinados à agitação cultural.
 
Valnir teve uma vida comum, como todo menino de Correntina, que brincou com de bola de futebol feita com meia e pano velho, bola de gude, até mesmo  ser conivente com os parceiros, ao roubar manga no sítio do padre, sem nos esquecermos das traquinagens no pátio do Educandário São José, onde iniciou sua carreira estudantil. 
 

Humorista correntinense Laurentino Neves e a mãe do jornalista Dona Zenilda


Muitos foram os que deixaram para trás as lembranças de tão saudosos dias mas o menino de Zenilda e Vessinho tinha na testa uma estrala que brilhou desde cedo, como o escolhido para ser o grande escritor do lugar. O menino se fez homem, casou, gerou filhos e se realiza a cada dia, lançando suas sementes culturais em bibliotecas, sites, jornais, revistas, enfim  é seu o grande mérito de jornalista escritor, poeta.

 
Como filho e irmão amoroso tem se desprendido para dar de si o melhor, para que nossa cultura não morra nas gavetas empoeiradas e esquecidas no tempo.

Em 1983 promove em edição independente, o livro 69 poesias dos lençóis e da carne,  em parceria com Gilson Cavalcante; Em 1989 edita o livreto de poemas, xerografado, É Sassá Canagem, que faz parte das Edições Porra nenhuma; depois Confecção de Poesias ( edição Independente) em 1992; Lavra de Laivos Poemas em livreto xerografado, Edições Dupiru - Hocus Pocus também em Goiânia, em 1994

Então chega vez da prima obra que nos fez curvar diante da grandeza do autor, nos dedicar o mais expressivo presente cultura, com a edição do livro A História de Correntina, uma obra que norteia nossas origens e tradições políticas e sociais. Sem dúvida, A História de Correntina tornou-se a bússola de nós outros navegantes, antes perdidos no alto mar da nossa história. Edição Independente, lança em 1a. Edição no ano de 1996 e dez anos depois lança o mesmo título em sua 2a. edição, com atualizações louváveis e sob encomenda de familiares, lança o livro Perfil e História de um Ramo da Família Magalhães, no ano de 2000, edição independente, Goiânia – GO


O Pai do jornalista poeta. Seo Hélvécio, popular Vessinho.

O poeta não para por aí e sob um sugestivo título, nos apresenta a obra Algemas de Algodão
seu primeiro livro de contos. A experiência já vinha sendo publicado em outros veículos de comunicação do Estado e em 2002 reuniu alguns contos e Editou  pelo Instituto Goiano do Livro, da Agência Goiana Pedro Ludovico Teixeira (Agepel) o livro que agrada em cheio ao público, pela sua linguagem coloquial que resgata valores culturais regionais, goianos e baianos. O poeta estava enfim consagrado pela trajetória de sucesso em todas suas publicações, fazendo com que o público buscasse conhecê-lo, recorrendo a suas obras anteriores. Em 2008 novamente surpreende-me com uma obra delicada, doce, intitulada Paraíso Profano um gostoso e sugestivo livro de poemas.

 
Uma carreira premiada pelo espírito profissional com que se dedica a carreira e suas premiações nos eventos culturais onde inscreveu sua obra, onde todo autor tira a prova final de sua criação, quando a expõe a opinião pública.
 
1o. lugar no Gremi de contos – 1980
1o. lugar no Concurso de Trovador Sesc - GO 19862.
1o. lugar no XIII Concurso SESI Artes Criatividade 2003
2o. lugar I Concurso de Contos da Academia Anapolina de Letras e Artes 1981
2o. lugar Concurso Nacional de Contos do Fesqui - Quirinópolis – GO -  1988
2o. lugar Concurso Nacional de Contos do Fesqui - Quirinópolis – GO  1988
2º  lugar  Concurso Estadual de Poesias do SESC GO 1988
2o. lugar no XII Concurso SESI Arte Criatividade 2002
2o. lugar XIV Concurso SESI Arte Criatividade 2004
3o lugar Concurso de Contos de São Bernardo do Campo, com publicação em Antologia 1982
3o lugar Concurso de Contos de São Bernardo do Campo, com publicação em Antologia 1982
4o lugar e Menção Honrosa com os poemas "Despedaços" e "Ave Vinda" respectivamente.
     Participação na Antologia Nacional de Contos Alberto Renart, de São José dos Campos (SP)
5o. Concurso de Contos de são Bernardo do Campo, com publicação em Antologia  1984
 
OUTRAS PARTICIPAÇÕES
 
I Concurso Nacional de Poesias de Governador Valadares MG (1984)
II Antologia do BEG - poesia - Banco do Estado de Goiás 0 1994 –
III Antologia do BEG - crônica – 1985
IV Antologia do BER - contos – 1996
e mais recente o lançamento do livro de poesias Paraíso Profano, ocorrido em Correntina no dia 18 de outubro 2009.
Como se vê, é o mais completo e realizado escritor correntinense do qual nos orgulhamos de seus feitos
e de sua obra literária.
 
O Jornalista tem atuação ativa em jornais, revista e sem dúvida, é hoje um reverencial para os jovens correntinenses, candidatos ao ofício de jornalista, poeta ou escritor contista.
 
Parabéns amigo Valnir e saiba que sou um de seus assíduos leitores.  

Flamarion Costa
Enviado por Flamarion Costa em 18/10/2009
Reeditado em 13/08/2013
Código do texto: T1873340
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.