Desabafo

As vezes me pego pensando porque algumas pessoas daqui de Fortaleza são tão debochadas, como vocês sabem moro no leste e trabalhava no oeste da cidade.

Sempre trabalhei muito desde que cheguei aqui, nos " intervalos" participava de dois grupos de corais da cidade, numa dessas vindas num ônibus , duas estudantes de Direito que estavam sentadas no banco de trás puxaram meu cabelo com toda a força olhei para trás elas estavam fingindo que não foram ela e o ônibus todo ria da minha cara.

Tive a idéia de ligar para minha filha mais velha e conversar disse para ela olha tô voltando do trabalho para o ensaio do coral achei duas sapatonas para puxar o meu cabelo você acredita?

Sabe minha filha e o povo todo aqui do ônibus estavam rindo de mim a minha vontade era dedá um murro na cara das duas mas como me respeito deixo que a vida se encarregue delas, nesse momento olhei para todos que testemunharam e para elas, eu sabia que elas iam descer, finalmente completei quando elas passaram por mim detesto sapatão.

As engraçadinhas ficaram sem graça de cabeça baixa e se foram.

Atualmente na rua que moro há seis anos tenho caminhado por conta da saúde as seis da manhã encontrei uma louca que mora em outro quarteirão, ela é do tamanho de uma criança, se tenho 1,58 ela deve ter 1,40 percebi que quando me vê ou passa por mim da risada.

Ontem a tarde resolvi encara-la ela parou de rir mas da próxima vou perguntar a ela no bom baianês da minha Vó Stella se tô cagada ou mijada pra ela sempre rir da minha cara, conhecendo o povinho daqui deve no mínimo sair correndo.

O gente preconceituosa

e olha que já tenho 6 anos nesse lugar.

Clara de Almeida
Enviado por Clara de Almeida em 18/02/2011
Reeditado em 16/07/2020
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