Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa – biografia-


Aracy era paranaense, nasceu em Rio Negro, e ainda criança foi morar com os pais em São Paulo. Em 1930, Aracy casou com o alemão Johan von Teff com quem teve o filho Eduardo Carvalho Teff, mas cinco anos depois se separou, indo morar com uma irmã de sua mãe na Alemanha. Por falar quatro línguas - português, inglês, francês e alemão-, conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Secção de Passaportes.

No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy achou um absurdo, ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra J, que identificava quem era judeu.

Nessa época, João Guimarães Rosa era cônsul adjunto - ainda não eram casados- . e, soube do que ela fazia, apoiou sua atitude, com o que Aracy intensificou aquele trabalho, livrando muitos judeus da prisão e da morte. Quantas vidas não salvou esta mulher de fibre e coragem!

Em Israel, no Museu do Holocausto, há uma placa em homenagem a essa excepcional brasileira. Fica no bosque que tem o nome de Jardim dos justos entre as nações. O nome dela consta da relação de 18 diplomatas que ajudaram a salvar judeus, durante a Segunda Guerra. Aracy de Carvalho Guimarães Rosa é a única mulher.

Aracy enviuvou no ano de 1967 e não se casou novamente. Recusou-se a viver da glória de ter sido a mulher de um dos maiores escritores de todos os tempos. Em verdade, ela tem suas próprias realizações para celebrar.
Sofria de Mal de Alzheimer e morreu no dia 3 de março de 2011 em São Paulo, de causas naturais, com 102 anos.

Pena que ela tinha tanto para contar e não podia e outros que podiam contar sua história, sua trajetória digna de mulher, mãe, cidadã, participativa, atuante, tão firme e decidida, ficou ignorada por tanto tempo.


Fonte Internet: Wikipédia, o Estadão, jovempan.uol.com.br e outras



MVA
Enviado por MVA em 21/03/2011
Reeditado em 21/03/2011
Código do texto: T2861048
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