BANCOS DA IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO DE CALAMBAU - MG

Dom José Nicomedes Grossi, em sua biografia, nos relata o seguinte fato, ocorrido quando era construída a nova Matriz de Santo Antônio de Calambau, entre 1950 e 1953. Tal fato é relativo à construção dos bancos da Igreja. Os bancos maiores cabem dez pessoas assentadas e os menores dez. Eis o relato do Bispo:

“ São 74 (setenta e quatro) bancos grandes e 12 (doze) menores, totalizando 86 (oitenta e seis) bancos. São bancos resistentes, com genuflexórios e porta livros de oração. Cada um dos bancos grandes comporta 10(dez) pessoas. Todos os bancos são de uma só árvore de peroba rosa.A história é a seguinte: Durante a construção da nova Matriz, no ano de 1953, estando a Igreja praticamente pronta para a inauguração, faltavam os bancos.Nesta ocasião recebi um chamado de confissão de uma senhora doente, residente na Fazenda Córrego do Peixe, situada na Paróquia de Piranga.O Pároco de Piranga estava ausente.Fui a cavalo. Ao entrar nos terrenos daquela fazenda, vi uma grande árvore de peroba rosa em um pasto de gado.Atendi a doente em confissão, dei-lhe a extrema Unção, uma Bênção e Santo Viático .Ao me despedir, pedi-lhe a árvore para a nova Matriz de Santo Antônio de Calambau e fui imediatamente atendido.A árvore, porém, era tão grande, tão grossa e tão alta que era impossível derruba-la a golpes de machado ou com grande serra usada naquela época. O tempo foi passando até que um certo dia houve uma grande tempestade com uma violenta ventania que derrubou a árvore sem nenhum estrago.Mandei lá então o carpinteiro João de Souza Lima, conhecido por João da Iva, com um serrador, os quais serraram a árvore em 10(dez) toras e o caminhão Chevrolet da Matriz de Calambau trouxe as 10(dez) toras para o largo da Matriz. João da Iva com o serrador serrou-as em tábuas e com elas construiu os 86(oitenta e seis) bancos conforme modelo por mim fornecido”

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