II. ENTRETENIMENTO
 
1. Cinema
   Ir ao cinema em si, nunca me fora algo assim urgente ou determinante; preferi quase sempre aguardar que o filme saísse de cartaz e assim o pudesse ver em VHS e agora em DVD. Aquela coisa de estar no aconchego de uma cama bem macia...
 
   Filmes que lembro de ter visto no cinema:
  1. E.T. O Extraterrestre na Avenida Atlântica em 1983 junto a uma namorada de meu pai.
  2. Bete Balanço num cinema no centro de Niterói por volta de 1985 com uma colega de colégio que me disse: “se você fosse dois anos mais velho, eu seria a sua namorada”.
  3. O Escorpião Rei por volta de 2002 com uma suposta provável futura namorada que não vingara.
 
   Filmes que ligo a lembranças e me são inesquecíveis:

  1. Pappilon me remete automaticamente ao meu pai.
  2. Muito Além do Jardim me liga ao meu 1° casamento.
  3. A Lista de Schindler a uma casa que tanto gostei de morar em Barra do Piraí.
  4. Titanic me faz sempre lembrar de uma ex-patroa, dona Luísa de Sousa Chada, também em Barra do Piraí.
 
  Filmes que veria novamente:

  1. O Carteiro e o Poeta
  2. O Quarto Andar
  3. O Pianista
  4. À Espera de um Milagre
  5. O Sexto Sentido
  6. Além da Linha Vermelha
  7. Sete Anos no Tibet
  8. A Vida é Bela
  9. O Resgate do Soldado Ryan
  10. Melhor é Impossível
  11. A Missão
  12. O Piano
  13. Doutor Jivago
  14. Diários de motocicleta
  15. Central do Brasil
  16. O Maior Amor do Mundo
  17. A Ostra e o Vento
  18. O Coronel e o Lobisomem
  19. O Auto da Compadecida
  20. Era Uma Vez na América
  21. Náufrago
  22. Sociedade dos Poetas Mortos
  23. Amadeus
  24. Frida
  25. O Exorcista
  26. Forrest Gump
 
   Tipos que me agradam:

  1. Suspense
  2. Cult (europeus em geral)
  3. Terror (sem monstrinhos; terror psicológico como O Iluminado)
  4. Biográfico
  5. Histórico (Segunda Guerra Mundial principalmente)
  6. Drama (no estilo de Cinzas de Angela)
  7. Romance (no estilo As Pontes de Madison)
  8. Nacional (dos anos 90 para cá)
  9. Clássico
  10. Épico
  11. Erótico
 
Tipos que não me agradam (ou enjoei de ver):

  1. Luta
  2. Policial
  3. Estados Unidos salvando o Mundo
  4. Pornô
  5. Musical (tipo Moulin Rouge)
  6. Ficção
  7. Comédia (com poucas exceções)
  8. Aventura (com poucas exceções)
  9. Que passam em colégios norte-americanos
  10. Que passam debaixo daqueles viadutos norte-americanos
  11. Que mostram a vida familiar norte-americana
 
   Convém ainda dizer que filme dublado, rarissimamente e preferência por filmes no formato wild-screen.
  
2. Televisão
   Preferências:
 
   Infância:
   Sítio do Pica-Pau Amarelo, Nacional Geográfica, Expedições de Jacques Costeau, Patati-Patatá (programas de desenhos na TVE), Caso Verdade, Desenhos Animados (quase tudo, com exceção dos japoneses e super-heróis norte-americanos), Os Trapalhões, Jô Soares, Chico Anísio, Agente 86, Jennie é um Gênio, A Feiticeira, Os Três Patetas e Os Batutinhas.
 
   Adolescência:
   Família Adams, Família Dinossauro, Novelas, de auditório (Chacrinha, Sílvio Santos e Faustão), Globo Rural e Fantástico.
 
   Fase Adulta até agora a pouco:

   Filmes (principalmente nas madrugadas insones); Telejornais; Vídeo Clips; Educativos; de Entrevista e Debates; Globo Ciência; História de construções humanas; Descobertas Científicas, fabricações, máquinas; Esportes (futebol e Fórmula 1); Documentários de Arte; Documentários de civilizações, países, costumes, idiomas e Shows.
 
 Atualmente:
   Quase nada. Ou estou, quando em casa, no computador escrevendo e/ou ouvindo música.
 
   Que me recuso:
   Programas de auditório, Big Brother e similares, séries norte-americanas, novelas, desenhos animados, realits shows, fofocas do mundo artístico, telejornais sensacionalistas, qualquer canal aberto (com exceção de alguns programas da rede Globo e os educativos do governo), idiotices (norte-americanas em sua maioria) e qualquer programa de desinformação, de imbecilidades, por mais que seja bom a boa risada, tenho procurado seguir a vida no interesse de crescimento intelectual e na atividade cerebral exercitada para uma velhice lúcida e saudável.
 
3. Rádio
 
   Música sempre me foi parte inseparável, numa constância maior no passar dos anos, onde hoje sou dependente físico, emocional e até mesmo espiritual da mesma. Tudo teve início aos 7 anos na Praça Seca na casa de uma universitária chamada Sumiko. Mais precisamente com um disco de Beatles que eu sozinho e “escondido” enquanto todos estavam na cozinha conversando, pus para tocar. Em relação a rádios, me foram várias as fases.
 
A mais antiga fase:
   Quando no Pechincha em Jacarepaguá tomei gosto pela rádio Mundial AM (hoje extinta) que o motorista da Maverick azul ouvia enquanto nos levava ao colégio Pólen de manhã. O programa era de músicas de Roberto Carlos.
 
A fase de Niterói:
   Em Santa Rosa, entre 1985 a 1987, alternâncias entre 4 rádios: Fluminense A Maldita, Rádio Cidade, Rádio Transamérica e Jovem Pan, todas FM (rock nacional, música pop, rock ‘pauleira’, rock internacional e os primeiros ensaios do hip-hop norte americano).
 
Evangélica:
   Rádio Melodia FM entre 1988 a 1991.
 
São Paulo, Minas e Rio:
   Antena 1 FM entre 1991 à 1994.
 
Rio:
   Rádio Alvorada FM entre 1994 a 1997.
 
De volta ao Rio:
   Acho que foi quando voltei de Rondônia em 1998 que a Alvorada extinguiu-se, voltei então a Rádio Cidade FM alternando com a JB FM até 2003.
 
Fase de minha maior saudade:
   Rádio Globo FM de 2003 a 2005, foi a rádio que tocava 80% de tudo que me agradava muito; parecia a sua programação feita para mim. Quando voltei de Santa Catarina ela não existia mais. Fiquei então até 2006 na Rádio MPB FM.
 
Atualmente:
   Rádio MEC FM diariamente e breves alternâncias com a Roquete Pinto FM. Música erudita de vários países e épocas, mais precisamente do período medieval ao século XIX. 
  
 
4. Música
 
   Como já dito na página anterior, música sempre me acompanhou; influência paterna e materna; numa força maior da parte paterna que me apresentava músicas, me contava histórias das mesmase me levara na casa de alguns músicos como Baden Powell, Peninha, Antônio Marcos, Lady Zu, Ângela Rô Rô, entre outros nomes, outros que tentaram seguir a carreira artística musical e agora me falham. Da parte materna veio-me influências de meu tio Paulo, também apaixonado por música desde sua infância até hoje e de minha avó Leda Nolding ao piano, cujas cenas me foram marcantes e inesquecíveis.
   Meu gosto musical foi se alterando aos poucos e passei a gostar de uma variedade grande de estilos musicais que me tornaram aquilo que dizem ser um eclético ouvinte.
   Músicas sempre me remeteram à lembrança de lugares, situações e pessoas e acho ser isso normal com quase todos. De minha parte, acredito, por tanto gostar, ter criado repertórios e trilhas sonoras para tais passagens, e por incrível que venha parecer, as situações que digo serem “definitivas” passaram-se sem som musical, apenas deu-se o tilintar vítreo e o ventricular dardejo de calma no absoluto silenciar da alma. Apenas deu-se o real, quando nas situações “passageiras” todo o floreio emocional da musicalidade que me remeteu a indisciplinados saltos, pulos e braçadas nas nuvens da irrealidade!
 
   Transcrição de um texto deste ano (2008):
   “Música: apaixonado! Sempre me foi ardente a necessidade da mesma. Linguagem universal; minha chance de viajar por outros ‘mundos’, outras culturas. Meu liame com o passado; o extravasar de minha emoção; a “flor da pele” de minhas sensibilidades, a alavanca de minha inspiração. Minhas lembranças e saudades; meus momentos de fuga e abstração. Minhas comoções e lacrimejares. Meus momentos inesquecíveis e minhas vivências. Quase que minha existência é a música: inseparável de mim definitivamente!”
   “Quando solteiro morando sozinho, por seis anos: Simon and Garfunkel, Gilberto Gil, Adriana Calcanhoto, Caetano Veloso, Belchior, Gal Costa, Maria Bethânia e Chico Buarque, o maior compositor!
   No primeiro casamento: Zé Ramalho, Sérgio Reis, Leonardo, Raul Seixas, Led Zepellin, Enya, música clássica, música de meditação (reiki e budista), Skank, Charlie Brown Jr., The Doors, The Smiths, Cássia Eler e Raimundos.
   Do segundo relacionamento: Marisa Monte, Djavan, Angela Rô Rô, Peninha e zen music.
   Do terceiro relacionamento: Zezé Di Camargo e Luciano, música gauchesca e muito rock inglês: (U2, Radiohead e Cold Play entre outros).
   De meu último casamento: Los Hermanos (muito), Björk, Amy Winehouse, Pink Floyd (muito), Peninha, Cazuza (muito), U2, Lenine, Caetano Veloso (muito), Legião Urbana (muito), Radiohead, Beatles e clássica: Schumann (o melhor piano), Wagner (a mais completa orquestra), Mozart, Beethoven, Chopin, Bach (meu número 1), Dvórak, Strauss (família), Vivaldi (o melhor violino), Tchaikovsky, Rimsky-Korsakov, Ravel, Debussy, Verdi, Liszt, Juan Pablo Moncayo, Villa-Lobos, Brahms, Bizet e Offenbach.
   Ainda conheci no jazz: Johnny Griffin, Billie Holiday, Benny Goodman, Charlie Haden, Louis Armstrong, Bessie Smith, Stéphane Grappelli, Kenny Burrell, Herbie Hancock, Sarah Vougham, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Miles Davis e outros cento e poucos nomes do jazz.
“Gosto de ritmos folclóricos nacionais, principalmente os nordestinos (excetuando-se o axé e o forró atual), europeus e africanos (tribais). Um pouco de soul, reggae e blues. Tarantelas e latinas, música britânica, espanhola e oriental quando transcendentais. Algo de música medieval como o canto gregoriano e óperas (alemãs e italianas) e antigas do leste europeu e dos velhos países como Hungria, Tchecoslováquia (hoje 2 países: atual República Tcheca e Eslováquia), Grécia, Romênia, Rússia, Armênia, Alemanha, Áustria... Folclóricas da europa em geral, alemãs, dinamarquesas, escandinavas, francesas, e, recentemente os fados portugueses. Minha próxima parada será certamente na Espanha.
   Do Brasil quero conhecer tudo: o rancho, o pastoril, a congada, o maracatu, a taieira, o moçambique, o quilombo, o cucumbi, o maculelê e o ticumbi. As indígenas como os caiapós, caboclos e a tapuiada. Também mais do samba, do batuque, do jongo, do bedenguê, do coco, do carimbó (como é gostoso o carimbó!), do lundu, do baião (grande Luiz Gonzaga!), da chula, da tirana, do xaxado (música dos cangaceiros), do fandango, do cateretê, do recortado, da mana-chica, da xiba e do curau. Ainda, das religiosas, quero do candomblé: o xangô, tambor-de-mina, babaçue, macumba, pajelança e o catimbó.
   Gosto também dos ritmos como o da capoeira e do desafio ou repente (quantas não parei no Largo da Carioca nas horas de almoço para ouvir repentes...). Também a patacoada, toada e a embalada.
   Da música nacional histórica e urbana pouco consigo gostar e também pouco conheço nos gêneros: modinha, maxixe, samba, choro, chorinho, marcha, frevo e partido alto.
   Voltando ao continente europeu, quero conhecer também mais da valsa, do frotolle, caccie, villanelle, strambotti, canzonete, jota, flamenco, czarda, fado, gopak, polca, mazurca e do kolo.
   Da América Central a rumba, o congo, a bamba, a salsa e o merengue.
   Da América do Norte, talvez Bob Dilan por sua poesia, Cat Stevens (em seu único disco) e Alanis Morrisete por sua voz única. Rejeito dos Estados Unidos quase todos os ritmos, ficando apenas e olhe lá com o rock dos Red Hot Chilli Pepers e ainda a salvo Janis Joplin por sua voz e seu ‘rhythm and blues’ e o Nirvana com seu ‘underground’. Da Inglaterra rejeito os Rollings Stones e as presepadas de Mick Jagger.
   Dos clássicos quero ainda conhecer mais de Berlioz, Haydn, Handel, Bartók, os eslavos Gluck, Stockhausen, Schönberg, Mussorgski (que influenciou Debussy), Milhaud, Casella, Prokofiev, Vítezlav Novák, Alban Berg, Webern e Max Reger. Não gostei muito de Mendelsson, Carlos Gomes, Pachelbel, George Gershwin e Gustav Mahler.”
   “Dos anos 80 o rock nacional dos Paralamas do Sucesso, Biquíni Cavadão, João Penca e seus miquinhos amestrados, Kid Abelha e seus abóboras selvagens, Blitz, Metrô, Camisa de Vênus, Zero, Legião Urbana, Capital Inicial, Ira, Barão Vermelho, RPM, Titãs, Uns e Outros, Nenhum de Nós, Engenheiros do Havaí, Rita Lee, Lulu Santos e outros.”
   “Na época de minhas viagens como missionário, os evangélicos Feliciano Amaral e o grupo Logos. Ainda na mesma época, nos walk-man: Paul Mouriat, Richard Claydman e Jethro Tull.”
   “Quanto a óperas, é um gosto novo, numa lenta progressão. Gosto como deves ter observado, das alternativas e das experimentais (como muito fizeram o Pink Floyd). Ainda alguma coisa das eletrônicas nacionais e internacionais onde Israel e Alemanha são imbatíveis atualmente. E incrivelmente escrevi esse texto sem nada ouvir além do barulho da bomba do aquário.”
 
   Ouvi muita bossa nova, tropicália e música dos anos 70 no início dos anos 80 com meu pai.
   Ouvi muito América, Renaissence, James Taylor, Abba e Azimuth com tio Paulo.
   Muita música escrevendo, muita música na hora de dormir, para ler; muita música nas vias engarrafadas do Rio de Janeiro, muito walk-man pelas BRs, muita música como trilha sonora para paixões e situações inesquecíveis.
   Música cápsula, música pérola, música drágea, música bula, música com posologia...
   Música instrumental nas flautas de tio Paulo, no violão de Baden Powell, no cavaquinho que meu pai achou ter aprendido a tocar, no piano de avó Leda Nolding.
   Música adolescência na discoteca Pioneiros em Santa Rosa – Niterói, música casamento nos vinis em Ipiabas, música refazendo vida na Vila da Penha, música com filhos e quem sabe música com netos?
 






 
Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 10/05/2011
Reeditado em 22/09/2012
Código do texto: T2960359
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