VESTA A DEUSA VIRGEM

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Notas Biográficas

 

HESTIA E VESTA - Na mitologia grega Héstia era a deusa dos laços familiares, simbolizada pelo fogo da lareira. Filha de Cronos e Reia, era uma das doze divindades olímpicas. Cortejada por Posídon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus,  e dele, além da proteção a virgindade, recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, de se ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais. Em Roma, Héstia foi venerada como a Deusa Vesta; todas as casas romanas possuíam um altar a Vesta.

O TEMPLO DE VESTA - Era um pequeno edifício circular, localizado no Fórum Romano, no centro da vida romana.

AS VESTAIS – As sacerdotisas de Vestia eram chamadas Vestais. Faziam voto de castidade, mantinham o fogo sagrado sempre aceso (pois era o símbolo da perenidade do Império) e deveriam servir à deusa durante trinta anos (os quais deviam conservar-se virgens). Este voto era tão sagrado que se fosse quebrado, a Vestal era enterrada viva no Campus Sceleris (Campo de Maldade). Além das vestais, a deusa era  cultuada por um sacerdote principal.

Seis Vestais de boa origem familiar eram selecionadas (entre os sete e os dez anos) obedecendo a determinados critérios que incluíam estarem livres de qualquer tipo de imperfeição física ou mental e possuírem pais livres e vivos. Elas não podiam ser vaidosas, isto é, mostrar cuidados excessivos com o corpo. As suas vestes eram muito simples, mas elegantes. No princípio cortavam os cabelos, entretanto, mais tarde, exibiam longa cabeleira.

Depois de passarem pela rigorosa seleção, eram eleitas pelo alto sacerdote para assumirem um compromisso de trinta anos, dos quais, os primeiros dez anos seriam dedicados a estudos (discípula em Latim) e treinamentos. Nos dez anos seguintes, tornavam-se serviçais da Deusa (cuidavam do fogo, da limpeza do templo e participavam de cerimoniais) e os últimos dez, deveriam treinar as novatas. Se faltassem às obrigações eram castigadas fisicamente.

As Virgens Vestais viviam juntas em uma casa (supervisionada pelo sacerdote principal) ao lado do Templo de Vesta. Qualquer virgem Vestal que mantivessem relações sexuais com um homem profanaria a Deusa. Como punição deveria ser enterrada viva.

Em compensação, apesar de todos esses rigores, as Vestais gozavam do maior respeito e eram tão sagradas que se passassem ao lado de um homem condenado, esse era perdoado. Eram também, muitas vezes, chamadas para apaziguar as dissensões nas famílias.

A Vestália -  era uma festa anual realizada no mês de Junho, entre os dias 7 e 15. Era a festividade mais esperada e popular de Roma, onde as Vestais eram figura central. Diferentes estátuas da Deusa Vesta eram transportadas pelas ruas principais em distintas procissões públicas.

A Vestal "Occia" presidiu a ordem por 57 anos. "Coelia Concordia" foi a última "Vestalis Máxima".

AS VESTAIS QUE QUEBRARAM OS VOTOS DE CASTIDADE

Rhea Silvia - É tida como a mãe de Rômulo e Remo, fundadores de RomA, quebrando, assim, seus votos de castidade; mas seu castigo não foi esclarecido. Algumas fontes dizem que foi jogada no rio Tibre e outras, que foi castigada até morrer por ordem de seu tio Amulius.

Tuchia – Acusada de romper seus votos de castidade, não foi castigada ao demonstrar sua inocência transportando água com um coador.

Tarpeia - Traiu Roma, abrindo as portas da cidade para os Sabinos, pensando que esses lhe dariam de presente braceletes de ouro. Depois das portas abertas foi esmagada e pisoteada pelos soldados inimigos. Terminada a revolta, tal era o rancor dos romanos pela sacerdotisa traidora que a jogaram seu corpo da rocha mais alta de Roma. Essa rocha tomaria seu nome e passaria para a história como um lugar de castigo para todo o traidor.

Julia Aquila Severa - Essa sacerdotisa revolucionou Roma ao contrair matrimônio com o imperador Elagabalus. Ela devia ser castigada, porém por ter se casado com um imperador, não foi possível.

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Bibliografia - Alonso, Ana Carolina. O Culto de Vesta a partir da Ab urbe conditia de Tito Livio. NERO, 2010. / Prieto, Claudiney. Todas as Deusas do Mundo. Editora Gaia - 2003. / Brandão, Junito de Souza. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, Vol. III, 4.ª edição, 1992.

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Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 30/03/2012
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