Quando se ama demais, costumam te chamar de mala... É talvez por você buscar algum tipo de contato quando há distancias...

Isso mala...

Mais e se levássemos ao pé da letra o significado de “mala”...
 
A mala é onde guardamos coisas, roupas, sapatos, sonhos, viagens, presentes, sentimentos, raivas, iras, decepções...

Sim,
E se alguém te chamar de mala em algum momento de sua vida é sinal que esta pessoa deposita em você tudo isso...  A diferença, é que nesse caso em especial é a mala que carrega a pessoa que guardou ou jogou tudo isso dentro dela, e que a fechou com certa ira e a deixou em cima de algum armário dentro dos pensamentos, das lembranças, dos sonhos e por que não dizer... De algum desejo sufocado...
 
Alguns ainda dirão,
Não... Mala e um ser chato, uma pessoa difícil de carregar, um trambolho que incomoda...
E eu insistirei em falar que quando se ama nos tornamos chatos sim... Tornamos-nos pesados devido o excesso de compreensão pelas magoas, pelas palavras que chocam pelas, pelos sonhso que sonhados juntos, nunca se realizam por medo  de alguém... Pois sempre existirá um, que tem mais coragem que o outro...  Sem falar nas brigas sem sentido e principalmente pela falta de compreensão de quem nos dedicamos guardar tais sentimentos tão nobres... Tornamos-nos um trambolho por incomodar inconscientemente por toda uma historia que se escreveu... Por tudo um passado que hoje poderia ser um futuro...
 
 
Mais pensando bem, me tornei uma mala sim...

Cheia de desejos, de “se”, de coragem, de razão, de loucura, de entrega, de prazer, de sonhos, de certezas, de trabalho, de luta e principalmente uma mala fechada com todas as palavras e promessas ditas em um momento de embriaguez, cujo quais, acreditei e fui... E fiz...
 
A ultima coisa que guardei nessa mala, foi uma  voz de ira, de raiva, de ódio, de socorro, de medo, de receio, de incompreensão, de carência... Palavrões, palavras chulas, palavras putas, palavras navalha, palavras que doem muito mais que qualquer tapa...
 
Sim,
É isso...
Sou sim essa tua mala cheia de tudo isso... Cheia desse teu ódio por mim, dessa tua ira por mim... Desse teu desespero por mim... Desse teu querer que me quer e me afasta e me mata aos poucos...
 
Sim,
Exclua-me novamente de tua vida... Delete-me novamente de teu dia a dia... Mais se lembre que eu sendo tua mala... Estou e estarei ai, ai dentro de teu armário sentimento guardada com tudo o que há de bom e de ruim...

Fato esse que entendo, que se realmente não me quisesse mais por perto ou que já não mino em tuas lembranças, sonhos, desejos e curiosidade... Tu já terias aberto essa mala e posto pra fora todos esses pequenos e grandes dissabores de ti pra mim...
 
E assim...
Saberias que realmente você não mais me enxerga como uma mala, mais sim como uma pessoa qualquer que não precisa carregar nada de ruim ou de bom que venha de ti...
 
Mais saiba menino de verdes olhos...
Eu carrego uma bolsinha com o que me basta – O Perdão!...