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19º Conto Real—Grupo de jovens 1972-
 
Cursando ainda a  sétima série, alguns jovens amigos nossos resolveram fundar um grupo de jovens. Eu  logo  entrei no grupo. Era muito interessante. Havia reuniões dos jovens com casais experientes, que passavam  muitas experiências de vida pra nós  executando palestras ,encontros , até passeios em fazendas. O grupo não durou muito tempo , mas foi bom. Houve um último encontro na Igreja , a que fica no morro, perto do convento dos padres.O encontro foi maravilhos, me lembro que no final, quando a turma saiu , a mãe de cada um de nós esperava   pelo filho ou filha. Foi uma espécie de surpresa. Lembro que houve muito choro, pois ficamos emocionados. Estavam muitos dos nossos amigos  ali reunidos.  Alguns eu ainda lembro_ Minhas duas irmãs  mais velhas que eu, a Ana e a Síglia, a Leonice, Rita, Aparecida que tinha o apelido de cidinha, hoje elas moram no Rio de Janeiro,escrevi o nome das que eram mais chegadas a mim. Mas esse tempo passou, o grupo se desfez e nunca mais eu participei de grupo de jovens.Mas ficou a lembrança de muita coisa boa e muitos amigos até nos dias de hoje. Em 1973  completei 15 anos em março, repeti a sétima série, comecei a procurar  algum trabalho e encontrei. Trabalhei como secretária de alguns dentistas, com fotógrafos, por isso o meu gosto por fotos, até em lojas eu  trabalhei. Mas  o que mais me deixou saudades foi quando trabalhei com Dr. Haroldo dentista.Ele era uma pessoa maravilhosa. Eu tomava conta de tudo , da limpeza, da agenda( horário dos clientes), dos telefonemas, era incumbida de levar as  toalhas brancas que eram usadas na época para colocar no pescoço dos clientes e também toalhas de  mãos, Para serem lavadas e passadas. Toda semana faxinava o consultório , tinha a sala de espera, a sala do consultório e mais uma sala onde havia  pia, mesas com produtos de  fazer dentaduras, que ele fazia, uma estante , que era o que eu mais gostava, por que tinha uma mini-biblioteca naquele loval, que eu arrumava com muito gosto.  Todos os três cômodos eram limpos, encerados por mim, naquela época eu passava a cera  de joelhos, encerava com o escovão, que era bem pesadinho, e tinha que lustrar com uma flanelinha embaixo, o piso era de tábua corrida e ficava brilhando brilhando. Eu fazia tudo isso com muito prazer, o que eu queria mesmo era  ler a coleção que ficava na estante que eu acabei de falar. A coleção dos romances de Eça de Queirós. Li todos os seus livros nas minhas horas de folga. Mas como tudo acaba , um dia  o Senhor Haroldo , um dos patrões que eu mais gostei  veio a falecer. Nessa época eu fiquei sem emprego e foi muito chato pra mim.Eu gostava de trabalhar de dia e estudar a noite.Ainda tenho uma bela recordação dele, foi quando participei  pela primeira vez do chamado amigo oculto da cooperativa dos produtores rurais de Itambacuri, isso por que ele era um dos cooperados, o leite vinha da sua fazenda, e no dia da revelação foi ele que me tirou , e como presente ele me deu uma blusa branca, de tecido meio transparente, bordada  umas flores bordadas ,na frente, com uma fita que passava ao redor da minha cintura e fazia um laço atrás. A blusa era linda. Eu , da minha vez , tirei um belo rapaz, que inclusive foi um dos meus primeiros namorados.Inclusive, isso foi mais ou menos com 18 anos, quando fiz uma cirurgia de apendicite. O Doutor Haroldo e sua esposa Janete  me visitaram no hospital , onde  fiz a cirurgia. E logo após a visita deles recebi a visita de alguns amigos, inclusive a do garoto bonito , de olhos verdes, o Donizete, irmão da Léo. A última visita foi do meu namorado, na época, o mesmo que havia tirado no amigo oculto. O presente que dei pra ele foi uma linda camisa de manga comprida. Seu nome era Cândido. Nessa época ele era o meu namorado. Gostava muito dele . Mas no próximo conto vou fazer o relato de como comecei a namorar com ele. Esperem  só mais um pouquinho e já estarei de volta. Beijos

margarethrafael
Enviado por margarethrafael em 21/11/2012
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