OLAVO BILAC 
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OLAVO BRÁS MARTINS BILAC
(53 anos)
Jornalista e Poeta
* Rio de Janeiro, RJ (16/12/1865)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/12/1918) - SAGITÁRIO 
 
Foi um jornalista e poeta, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.
 
Conhecido por sua atenção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, era republicano e nacionalista. Também era defensor do Serviço Militar Obrigatório.
 
Olavo Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira do Brasil e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896.
 
Olavo Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros."
 
"A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo."
(Olavo Bilac)
 
Biografia
 
Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de Delfina Belmira dos Guimarães Bilac, era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos - antes, portanto, de completar a idade exigida - autorização especial de ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai que era médico da então Guerra do Paraguai e a contra gosto próprio.
 
Começa a frequentar as aulas, mas seu trabalho da redação da Gazeta Acadêmica absorve-o mais do que a sisuda anatomia. Do mesmo modo, no tempo de colégio, deliciara-se com as viagens que os livros de Júlio Verne lhe ofereciam à fantasia. No menino e no jovem já se manifestavam as marcas de sua paixão futura: o fascínio poder criador da palavra.
 
Há relatos que contam que Olavo Bilac não concluiu seu curso de Medicina devido a sua Necrofilia. Segundo algumas fontes, as quais tentam ser abafadas,Olavo Bilac tinha relações sexuais com os cadáveres de sua faculdade.
 
Olavo Bilac não concluiu o curso de Medicina e Direito, que frequentou posteriormente, em São Paulo. Era frequentador de rodas de boêmias e literárias do Rio de Janeiro. Sua projeção como jornalista e poeta e seu contato com intelectuais e políticos da época conduziram-o a um cargo público: o de Inspetor Escolar.
 
Sua estréia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do sonetoSesta de Nero no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884. Recebeu comentários elogiosos de Artur Azevedo, precedendo dois outros sonetos seus, noDiário de Notícias. No ano de 1897, Olavo Bilac acabou perdendo o controle do seu Serpollet e o bateu contra uma árvore na estrada da Tijuca, no Rio de Janeiro, sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente automobilístico no Brasil.
 
Aos poucos profissionaliza-se. Produz, além de poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas. Visa contar através de seus manuscritos a realidade presente na sua época. Em 1891, com a dissolução do parlamento e a posse de Floriano Peixoto, intelectuais perdem seu protetor, Drº Portela, ligado com o primeiro presidente republicano Deodoro da Fonseca. Fundado O Combate, órgão antiflorianista e a instalação do Estado de Sítio, olavo Bilac é preso e passa quatro meses detido na Fortaleza da Laje no Rio de Janeiro.
 
O grande amor de Olavo Bilac foi Amélia de Oliveira, irmã do poeta Alberto de Oliveira. Chegaram a ficar noivos, mas o compromisso foi desfeito por oposição de outro irmão da noiva, desconfiado de que o poeta era um homem sem futuro. Seu segundo noivado fora ainda menos duradouro, com Maria Selika, filha do violonista Francisco Pereira da Costa. Viveu só, sem constituir família até o fim de seus dias.
 
Mas, como lendas e mitos amorosos cercam a história de todos os poetas, consta que Amélia de Oliveira se manteve fiel a ele por toda vida, não se casando e depositando romanticamente um mecha de seus cabelos no caixão do poeta.
 
Como não tivera herdeiros, preferiu educar várias gerações de brasileiros escrevendo diversos livros escolares, ora sozinho, ora com Coelho Neto ou com Manuel Bonfim.
 
Participação Cívica e social
 
Já consagrado em 1907, o autor do Hino à Bandeira do Brasil é convidado para liderar o movimento em prol do Serviço Militar Obrigatório, já matéria de lei desde 1907, mas apenas discutido em 1915. Olavo Bilac se desdobra para convencer os jovens a se alistar.
 
Já no fim de sua vida, em 1917, Olavo Bilac recebe o título de Professor Honorário da Universidade de São Paulo. E talvez seja considerado um professor mesmo: dos contemporâneos, leitores de suas crônicas e ouvintes de sua poesia, dos que se formaram na leitura de seus livros escolares. De modo geral, dos que até hoje são enfeitiçados por seus poemas.
 
 
É como poeta que Olavo Bilac se imortalizou. Em 1907, foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros, pela Fon-Fon. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do Parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração.
 
Discurso de 1907
 
Ao tomar palavra no banquete-homenagem que lhe fora oferecido a 3 de dezembro de 1907, Olavo Bilac enfatizaria o fato de ser sua figura representativa de toda uma geração:
 
"O que estais, como brasileiros, louvando e premiando nesta sala, é o trabalho árduo, fecundo, revolucionário, corajoso da geração literária a que pertenço, e o papel definido, preciso, dominante, que essa geração conquistou com o seu labor, para o homem das letras, no seio da civilização brasileira...
 
Que fizemos nós? Fizemos isto: transformamos o que era até então um passatempo, um divertimento, naquilo que é hoje uma profissão, um culto, um sacerdócio: estabelecemos um preço para nosso trabalho, porque fizemos desse trabalho uma necessidade primordial da vida moral e da civilização de nossa terra..."
 
Curiosidades
 
Além de ter sido um dos maiores escritores brasileiros, existem algumas curiosidades sobre a sua vida, como por exemplo, a briga com outro grande escritor: Raul Pompéia.
 
Dizem que os dois chegaram até mesmo a marcar um duelo em praça pública, porém por fatores desconhecidos, ele não chegou a acontecer.
 
Olavo Bilac morreu no dia 28 de dezembro de 1918 e sua morte foi destaque em diversos jornais época.