Mário Andreazza
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MÁRIO DAVID ANDREAZZA
(69 anos)
Militar, Coronel e Político
* Caxias do Sul, RS (20/08/1918)
+ SP (19/04/1988) - LEÃO
 
Foi ministro dos Transportes nos governos de Artur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, tendo sido responsável por obras como a Ponte Rio-Niterói e a Transamazônica, entre muitas outras.
 
Destacou-se também pelo que ficou conhecido como "Batalha dos Fretes", em que conseguiu situar a Marinha Mercante brasileira no cenário antes dominado pelas potências marítimas internacionais.
 
No governo de João Batista Figueiredo, foi ministro do Interior e responsável por programas habitacionais como o Promorar, que erradicou as palafitas, por exemplo, das favelas da Maré, no Rio de Janeiro, e dos Alagados, em Salvador.
 
Foi candidato a sucessão de João Batista Figueiredo à Presidência da República, sendo indicado por este último para sucedê-lo. Entretanto, foi obrigado a concorrer na convenção nacional do Partido Democrático Social (PDS), quando o deputado federal Paulo Maluf, também se candidatou na convenção nacional do partido. Foi derrotado na convenção nacional do Partido Democrático Social (PDS) em 11/08/1984, pelo deputado Paulo Maluf por 493 votos a 350, fato esse que motivou o racha do partido, dando origem à chamada Frente Liberal, depois Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM) que apoiou o candidato da oposiçãoTancredo Neves, vencedor das eleições.
 
Foi um dos maiores colaboradores para a integração nacional. O Ministro dos Transportes que mais construiu e pavimentou estradas no Brasil. Como Ministro do Interior implantou o maior programa de habitação nacional, demarcou terras indígenas e lançou a Política Nacional do Meio Ambiente. São inúmeras as realizações de Mario Andreazza. No livro "Mario Andreazza e a Integração Brasileira" encontra-se a trajetória de sua grande obra como homem público.
 
 
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Mário Andreazza e Esposa
Curiosidade
 
No início da década de 1980, o humorista Renato Aragão criou para o humorístico"Os Trapalhões", da TV Globo, a personagem Severina, a reboque do sucesso da personagem Salomé, interpretado pelo também humorista Chico Anysio. EnquantoSalomé conversava e dava conselhos pelo telefone ao presidente da época, general João Batista FigueiredoSeverina explanava sua paixão pelos olhos verdes de Mário Andreazza, então ministro do Interior do governo Figueiredo.
 
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Morte
 
Modesto, pelos seus hábitos, e otimista, por temperamento, Mário Andreazza era pessoa agradável de se conviver. Ele mantinha um padrão de vida pouco superior ao que lhe permitia o soldo de coronel da reserva, mas bastante inferior, por outro lado, ao dos donos e diretores de empreiteiras que fizeram negócios milionários graças às obras que ele construía. Sob o governo de Ernesto Geisel, o ex-ministro de uma das pastas mais ricas do governo foi obrigado a trabalhar para viver, com um emprego como vice-presidente da Companhia Atlântica Boavista de Seguros.
 
 
 
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Consumidor de três maços de cigarro por dia, em 1986, Mário Andreazzadescobriu que tinha câncer no pulmão esquerdo. Chegou a fazer uma pequena cirurgia, para extrair um nódulo do pulmão. Mais tarde, a doença espalhou-se pelos gânglios e vias respiratórias. Internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, Mário Andreazza, aos 69 anos, submeteu-se a tratamentos à base de quimioterapia. Quando concluíram que nada mais poderiam fazer para salvá-lo, os médicos cuidaram para que não morresse pelo bloqueio das vias respiratórias, bastante doloroso, mas de parada cardíaca, reforçando transfusões de sangue para forçar o coração a trabalhar.
 
Com dificuldade para comunicar-se com as pessoas que o visitavam, na terça-feira, dia 18/04/1988, sua mulher, Liliana, e os dois filhos, o engenheiro Mário Gualberto Andreazza, e o administrador de empresas Atílio Andreazza, aproximaram-se de sua cama. O ministro morreu abraçando sua família.

Antigo chefe de uma pasta que movimentava bilhões de dólares, um grupo de amigos se cotizou para pagar o transporte, de avião, de seu corpo até no Rio de Janeiro. Mário Andreazza morreu dia 19/04/1988, aos 69 anos, vítima de câncer, em São Paulo. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.