BIOGRAFIA ROSILDO SCHETINI

ROSILDO SCHETTINI

*12-04-1932† 25-11-2004

Rosildo Schettine era natural de Boa Nova, pertencente ao município de Poções, onde ele passou a morar, acompanhando seus pais. A maior parte de sua infância e juventude vivenciou na terra natal. Era filho de Sílvio Schetinni e de Itália Schetinni. Sílvio era descendente de Italianos, daí o sobrenome Schettini. Sua família imigrou para o Brasil e se estabeleceu em Jequié, Poções e outras localidades. Em pesquisa realizada por uma professora de letras da Faculdade de Campinas, constatou que a família Schettini, no Brasil, é única. São irmãos de Rosildo: Wassil, Gildásio, Grimoaldo, Clotildes, Rosilda, Tereza, Zorilda, Irene e Francisco Anselmo Schettine, este por parte apenas de pai.

Desde menino, tinha pendor para o futebol. Uma das suas predileções era criar pássaros. Para esses desideratos, escondia os apetrechos escolares, enganando os pais, até que o genitor descobriu a artimanha do filho e aplicou-lhe uma sova, prometendo outras, caso houvesse reincidência do fato. O socorro ao garoto era feito por um vizinho que também era instrutor do Tiro de Guerra.

Ao chegar à idade de servir o exército (Tiro de Guerra), o instrutor, o próprio que o socorria, que também era fanático por futebol, recrutou-o para a instituição, à qual serviu por dois anos. Ali ele teve a oportunidade de mostrar a força do seu futebol, passando a ganhar o salário da época.

Em 1953, houve a separação do casal Sílvio/Itália Schettini, e o filho Rosildo, no ano de 1954, preocupado, veio procurar o pai que se mudara para Brumado. Aqui seu Sílvio trabalhou como funcionário da Sul América Seguros. Rosildo, nesse mesmo ano, recebeu convite, por intermédio de Gildásio Cardoso, para jogar no Vasco da Magnesita, integrando o escrete dessa agremiação. No período de 1954 a 1956, trabalhou nas oficinas dessa empresa.

Retornou para Poções, onde conheceu uma jovem de nome Bezinha Bloys, com quem teve duas filhas: Helena e Rosenildes, porém houve separação do casal. Rosildo veio novamente para Brumado, em 1958 e, autorizado por Gildásio Cardoso, buscou, em Poções, dois jogadores indicados por ele: Valdinho, poçõense (goleiro) e Arlito, conhecido como garimpeiro que, apesar de ser natural de Jussiape, morava em Poções. Ambos eram jogadores competentes e conhecidos de Rosildo. Ele foi responsável, também, pela vinda de outros jogadores para Brumado, como Expedito, Carlinhos e Dane.

Genetom, treinador do clube 13 de Campinas – time profissional paulista –, propôs levá-lo para jogar naquela agremiação, afirmando que seria ele titular absoluto em sua posição no seu time, contudo encontrou resistência do pai Sílvio Schettini que impediu a sorte de Rosildo ser um jogador profissional. O filho Enio jacta-se de que o pai nunca perdeu uma penalidade máxima (pênalti) enquanto Pelé, considerado o melhor jogador do mundo, perdeu cinco.

Em 1958, casou-se com Zenaide Machado Leite, que era madrinha do Vasco da Magnesita. Após o casamento, ela passou a assinar Zenaide Leite Schettini. Dessa união nasceram nove filhos: Ênio, Sebastião, Marcus Eduardo, Zenildo, Sandro Luís, Cristiano, Sandra, Suzana e Maria Terezinha Leite Schettini.

Encerrou a sua carreira futebolística em 1969, jogando no time Transporte da Magnesita e exibindo belo futebol. Era fanático torcedor do Botafogo do Rio de Janeiro. Participou da Lira Ceciliana Brumadense como músico, quando fazia parte da Lira na condição de maestro o senhor Anibinha. Em 1970, empregou-se na Prefeitura Municipal de Brumado, onde trabalhou por 19 anos.

Rosildo Schettine faleceu em 25/01/2004, com 71 anos de idade. Seu corpo encontra-se sepultado no cemitério municipal Jardim Santa Inês.

Antonio Novais Torres

antorres@terra.com.br

Brumado, em 31/05/2013.

Antonio Novais Torres
Enviado por Antonio Novais Torres em 20/10/2014
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