NOVA CRIATURA

Durante um bom tempo da minha vida fiz tudo quanto tive vontade de fazer. Fui para todas as festas imagináveis e inimagináveis. Ficava e transava com o máximo de mulheres que conseguia. Bebia muito, e o objetivo quase sempre era não conseguir ficar de pé. Cheirei “lança” (poucas vezes); experimentei cigarro, mas não gostei; não fumei maconha e nem experimentei nenhuma das outras drogas porque tinha medo de me viciar, já que eu não queria ser controlado ou dominado por nada; queria ser livre. Mal sabia que já estava controlado e dominado.

Meus desejos eram sempre satisfeitos, não parava para pensar se era certo ou errado, simplesmente fazia (...). Um jovem pode se perguntar: mas o que é o certo e o errado? Como posso saber se o que faço é certo ou errado? Aquilo que é certo e aquilo que é errado dependerá do núcleo social para o qual se direciona a pergunta. Por exemplo, quando alguém perguntar a um grupo de padres se o uso da camisinha é certo ou errado, a resposta unânime será: ERRADO. Por outro lado, quando a mesma pergunta é direcionada para um grupo de médicos, certamente a resposta mais aceita será: CERTO. Com isso, quero dizer que as nossas decisões vão geralmente depender do grupo ao qual pretendemos “agradar” ou “desagradar”.

(...) Voltando a minha história, até aquele momento, as minhas atitudes só agradavam ao meu grupo de “amigos”. Nem o meu grupo familiar, nem o meu grupo divino (Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo), estavam satisfeitos. Não desejava agradá-los, meu negócio era ser da “galera”. Difícil admitir, mas a minha turma era mais importante pra mim do que o próprio Deus. Demonstramos a importância de alguém para nós quando damos atenção ao que essa nos fala. Deus falava através da minha família e eu simplesmente desconsiderava. Estava surdo, cego e mudo.

Um dia comecei a me sentir abatido e angustiado, desgostoso da vida. Nunca pensei em me suicidar ou coisas do tipo, longe disso. Sentia uma inquietação interior, uma frustração com os meus planos, um medo do futuro. Pensei: o que estou vivendo? Será que os meus amigos podem tirar esse mal que me abate? Felizmente, eles não podiam. Só há um que pode resolver todos os nossos problemas, aquele que veio antes do problema; ele é a própria solução: Jesus!

O Senhor Jesus de forma muito educada batia sempre na porta do meu coração (Ele não arromba a porta, Ele quer que você abra), mas eu resisti muito para abrir. Ele não desistiu de mim e um dia o deixei entrar e a minha vida nunca mais foi a mesma. Tudo aquilo que fazia, virou lixo perto do que Jesus me oferecia e continua oferecendo. O mundo oferece uma tristeza disfarçada de alegria, e por ser um disfarce, ela é fugaz e momentânea. Jesus nos oferece a verdadeira e eterna alegria. Não estou aqui dizendo pra ninguém ser crente, ou fanático de igreja, ou um religioso compulsivo; só digo que procurem saber quem é Jesus. Depois de conhecê-lo, você perceberá que uma alegria sem fim tomará todo o seu ser e aquele espaço vazio já não existe mais, e toda a sua vida começa a se modificar, tudo vai ficando muito melhor, você vai ver e sentir o que nunca viu ou sentiu: o sobrenatural de Deus.

Aqueles que sentiram vontade de conhecer esse Jesus, não se preocupem: é muito fácil falar com Ele. Não é necessário ligar pra sua secretária e marcar um horário. Ele está sempre disponível. É só marcar o encontro e o local também é você quem escolhe. Pode ser até no seu quarto. Então você entra, fecha a porta para que ninguém atrapalhe a conversa, e começa a falar da sua vida. Como alguém muito educado, ficará a te ouvir; quando terminar de desabafar, Ele vai falar; não aos seus ouvidos, mas diretamente ao seu coração.

Ouvi a voz do Senhor falando ao meu coração. Vi onde estavam os meus erros diante de Deus. Falei com ele, e pedi perdão por todos os meus pecados. Estou curado! Agora ouço, vejo e falo. Hoje dou prioridade exclusiva ao meu Deus, não me importo se os outros grupos acham certo ou errado. Passei boa parte da minha vida desagradando a Deus, mas ele nunca se esqueceu de mim. Os seus amigos podem se esquecer, Deus não.

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