Bruno Tolentino
Ele foi poeta, e dos bons! Nasceu em 1940 no dia 12 de novembro. De família tradicional e rico, teve acesso e convivência com escritores notáveis da época com Cecília Meireles, e outros: Manoel Bandeiro, Cabral de Melo, neto, Drumond... Antes de se alfabetizar aprender o francês e o inglês. Com 24 anos saiu do Brasil, rumo à Europa e lá permaneceu por trinta anos. Conviveu e trabalhou com escritores da mais alta estirpe. Lecionou nas universidades de universidades de Oxford, Essex e Bristol. Publicou obra em 1970. Foi parar na prisão, por 11 anos por tráfico de drogas também em 1987, cumpriu 22 meses dessa pena em Dartmoor.
Retorna ao Brasil em 1993 e em 1994 publica o Livro As Horas de Katarina e recebe o prêmio Jabuti de Literatura. Recebeu pelo livro O Mundo como Ideia contendo seus escritos ao longo de 40 anos, em 2003.
No Brasil deu entrevistas em programas de televisão e para a Revista Veja na qual fez críticas a Caetano Veloso, Chico Buarque e os irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos, ambos escritores, concretistas . Também fez críticas a professores de filosofia da USP e com críticos literários o que gerou desavenças.
Faleceu em São Paulo, no dia 27 de junho de 2007, Tinha Aids e já tinha superado um câncer. Sua morte aconteceu devido a falência múltipla dos órgãos na UTI do Hospital Emílio Ribas, com 66 anos de idade.
Eis um poema, um soneto, de Bruno Lucio de Carvalho Tolentino
O ESPÍRITO DA LETRA
(Um poema de "A balada do cárcere")
Ao pé da letra agora, em minha vida
há a morte e uma mulher... E a letra dela,
a primeira, me busca e me martela
ouvido adentro a mesma despedida
outra vez e outra vez, sempre espremida
entre as vogais do amor... Mas como vê-la
sem exumar uma vez mais a estrela
que há anos-luz se esbate sem saída,
sem prazo de morrer na luz que treme?!
O mostro que eu matei deixou-me a marca
suas pernas abertas ante a Parca
aparecem-me em tudo: é a letra M
a da Medusa que eu amei, a barca
sem amarras, sem remos e sem leme...
Ele foi poeta, e dos bons! Nasceu em 1940 no dia 12 de novembro. De família tradicional e rico, teve acesso e convivência com escritores notáveis da época com Cecília Meireles, e outros: Manoel Bandeiro, Cabral de Melo, neto, Drumond... Antes de se alfabetizar aprender o francês e o inglês. Com 24 anos saiu do Brasil, rumo à Europa e lá permaneceu por trinta anos. Conviveu e trabalhou com escritores da mais alta estirpe. Lecionou nas universidades de universidades de Oxford, Essex e Bristol. Publicou obra em 1970. Foi parar na prisão, por 11 anos por tráfico de drogas também em 1987, cumpriu 22 meses dessa pena em Dartmoor.
Retorna ao Brasil em 1993 e em 1994 publica o Livro As Horas de Katarina e recebe o prêmio Jabuti de Literatura. Recebeu pelo livro O Mundo como Ideia contendo seus escritos ao longo de 40 anos, em 2003.
No Brasil deu entrevistas em programas de televisão e para a Revista Veja na qual fez críticas a Caetano Veloso, Chico Buarque e os irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos, ambos escritores, concretistas . Também fez críticas a professores de filosofia da USP e com críticos literários o que gerou desavenças.
Faleceu em São Paulo, no dia 27 de junho de 2007, Tinha Aids e já tinha superado um câncer. Sua morte aconteceu devido a falência múltipla dos órgãos na UTI do Hospital Emílio Ribas, com 66 anos de idade.
Eis um poema, um soneto, de Bruno Lucio de Carvalho Tolentino
O ESPÍRITO DA LETRA
(Um poema de "A balada do cárcere")
Ao pé da letra agora, em minha vida
há a morte e uma mulher... E a letra dela,
a primeira, me busca e me martela
ouvido adentro a mesma despedida
outra vez e outra vez, sempre espremida
entre as vogais do amor... Mas como vê-la
sem exumar uma vez mais a estrela
que há anos-luz se esbate sem saída,
sem prazo de morrer na luz que treme?!
O mostro que eu matei deixou-me a marca
suas pernas abertas ante a Parca
aparecem-me em tudo: é a letra M
a da Medusa que eu amei, a barca
sem amarras, sem remos e sem leme...