MARIA MONTESSORI (1870-1952)
 
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Maria Tecla Artemisia Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870, em Chiaaravalle, Ancona, Itália, no seio de uma família burguesa católica, filha de Alessandro Montessori, militar, e de Renilde Stoppani. Importante que sua família já inovou ao reconhecer a ela seguir caminho do estudo, reconhecendo certo direito de educação a mulher. Dessa forma, estudou Engenharia aos 14 anos, e logo em seguida estudou Biologia e por último acessava a Faculdade de Medicina na Universidade de Roma, La Sapienza. Foi uma educadora, médica, psiquiatra, filósofa, bióloga, psicóloga, feminista e humanista italiana. Foi a primeira mulher italiana a se graduar em Medicina. Teve um grande impacto na educação, em temas que hoje parecem comuns, mas que em sua época eram revolucionários, nos primórdios do século 20. Foi membro da Clínica Psiquiátrica Universitária de Roma. Na época que obteve doutorado em Medicina, assistiu também aos primeiros cursos de psicologia experimental. É contemporânea de Freud e desenvolveu sua própria teoria sobre as enfermidades mentais. Durante período de fase de unificação de províncias italiana, devido a crise, se interessa por condições sociais, em especial das mulheres. Participou de congressos internacionais para as mulheres, em Berlim e em Londres. Falou além das mulheres, também das crianças, em especial para a sua educação e para a atenção com crianças com deficiências mentais. Assim trabalha com crianças especiais entre 1898 e 1900, e reconheceu a potencialidade que poderia ser desenvolvida nessas crianças. Viu que as crianças tinham necessidade de ação, de realidade e de cultivar sua inteligência e personalidade. Constata que nessas crianças permanece a necessidade de brincar. Isso leva a buscar educá-los. Conhece obras de médicos franceses que tiveram contato com Rousseau e Diderot. Segue deste modo algumas teorias sobre o estudo de um menino selvagem. Em 1900 trabalhou na Scuola Magistrale Ortofrenica, escola dedicada a formação de educadores de crianças com deficiência ou retardo mental. Após ter estudado Pedagogia, ocupa-se de modernizar San Lorenzo, encarregando-se de educação de crianças. Funda assim a “Casa das crianças”. Torna-se um movimento de renascimento da fé para melhorar a humanidade. Ademais, Montessori era Católica devota. Assim trabalhou com a “Educação Nova”, e salva crianças da rua, pois seus pais trabalhavam. Uma dimensão que se destaca é a religiosa. E ainda foi influenciada por Rousseau, combatendo formas de forçar as crianças a se desenvolverem artificialmente, como andadores etc. Importa deixar a natureza agir livremente. A educação se baseia no triângulo ambiente, amor e criança-ambiente. Teve bom resultado na educação de meninos rebeldes, que se tornaram respeitosos. Graham Bell leva sua escola para os EUA. Devido a governo de Mussolini defender a educação de crianças para fins bélicos, o que ela era contra, teve sua escola fechada, apesar de antes ter tido apoio, indo ela assim para a Espanha, onde recomeça, aos 64 anos. Na Espanha desenvolve métodos para catequese. Mas pela guerra, muda para a Holanda. Depois é convidada para ir a Índia, pela Sociedade Teosófica. Tem seu filho mandado a campo de concentração na Índia, pelos ingleses. Trabalhou na Índia, se interessando por crianças de 0 a 3 anos. Volta a Holanda e abre mais escolas Montessori, se inciando em seguia em nível mundial. Indicada então a três vezes no Prêmio Nobel da Paz, bem como recebeu a Legião de Honra, na França e a condecoração Honoris Causa da Universidade de Amsterdã. Conforme o teósofo Jinarajadasa1: “Pestalozzi, Froebel y Montessori son insignes revolucionarios porque enfocaron su atención en el niño como Alma, como Ser Psíquico y Espiritual. Los profundos cambios que sus sistemas han producido en la Educación obedecen precisamente a su punto de vista místico opuesto al concepto materialista del niño”. Ela chamava meninos inclusive de pequeno messias. Faleceu em 6 de maio de 1952, em Nordwjik, na Holanda.
 
1JINARAJADASA, Carlos. Los agentes de Dios: los niños. p. 2.