O Poder de certas pessoas

Ah, Olá. Tudo bom contigo?

Então nesse texto acho que vou ser um pouco mais direto que o normal, porque digamos que eu estou um pouco alterado (não de drogas ou bebidas alcoólicas), só estou no meio de uma crise de ansiedade se é que se pode chamar disso, em suma eu fiquei bastante agitado e ao mesmo tempo sentimental. Bom, saindo do foco de como eu estou para o que realmente eu quero escrever, nessa semana passada eu acabei passando algumas coisas que me fizeram questionar como eu agi durante minha vida e ver que aquilo que achava normal passou do limite aceitável. Mas vamos começar do inicio, eu sempre fui muito quieto e tentava passar despercebido (já devo ter comentado antes) e sempre acreditei que isso fosse uma característica minha e não como um problema que futuramente provocaria falta de amigos e dificuldade em socializar. Eu convivi bastante tempo ouvindo que isso era estranho e que eu devia lutar contra essa vontade de ficar sozinho e ao menos sair com os amigos, mas como um bom cabeça dura eu optei por ignora-los. Sabendo disso, vamos em frente, tem Ela, não quero entrar muito em detalhes afinal ela não é o foco principal, mas deixo claro que sinto um amor incrível por ela, perfeita do jeito dela. Eu estava anotando umas ideias nesse dia, quieto num canto, e ela veio, puxou assunto e eu a tratei da maneira costumeira, mas o que marcou mesmo aquele encontro foi seu final. Ela apenas disse – “Porque tu é tão desanimado assim, as pessoas vem tão empolgadas e tu estraga o animo delas” – com isso ela foi embora me deixando ali, sentado naquele banco perplexo com o que havia ouvido e ao mesmo tempo repetindo aquilo sem parar na minha mente. Ela por ser quem era criou um efeito diferente que o criado pelos meus amigos e parentes que me diziam coisas muito similares, ela com apenas uma frase me fez questionar e reavaliar a maneira como eu via e fazia as coisas, sabe, será que se isolar daquele jeito era realmente certo, aquele característica de quietinho já não havia se tornado um problema na hora de se relacionar, foram as perguntas que surgiram na minha mente e com elas eu fiquei algumas horas meditando tentando achar a resposta. E pensei, porque não tentar, afinal se não der certo é só não continuar, mas o que eu não imaginava é que aquela ideia tomaria proporções muito maiores.

Esse ocorrido foi numa sexta, durante o fim de semana minha família teria um compromisso e acabou que eu passei os dias sozinho, o que me deu tempo suficiente para adquirir cada vez mais vontade de conversar com as pessoas, conhecer gente nova, essas coisas. O ápice que me fez virar a pagina e decidir de vez que não iria mais me isolar do mundo, foi a leitura de uma história sobre uma pessoa antissocial. Resumidamente nessa história a pessoa passava varias situações impactantes somente por odiar contato humano e por mais que aquilo fosse longe da minha realidade me assustou a ideia de algum dia chegar naquilo, e não foi um simples susto eu realmente fiquei com muito medo de me fechar tanto que ninguém mais conseguisse entrar, nunca. Entenda que para mim essa mudança é bastante absurda e grande, ontem mesmo eu ainda não gostava tanto de sair e pouco me importava o que as pessoas pensavam ou sabiam sobre mim, agora eu quero e preciso que elas me conheçam, eu quero ser animado e faze-las rir para que se lembrem de mim. Talvez todo esse tempo eu me enganava pensando que se isolar, ficar sozinho era a melhor coisa, mas é apenas uma maneira de mentir para mim mesmo, na verdade eu acho que sempre quis uma companhia, por isso sempre falava muito sozinho. Eu preciso sair e ter contato com as pessoas, e acho que eu vou mesmo sendo do jeito que sou. Eu não sei explicar com certeza, tudo que me vem a mente como necessidade agora é que preciso conhecer novas pessoas, sair da minha zona de conforto. E tudo isso graças a Ela, por quem tenho esse carinho especial, que mesmo sem querer me mostrou algo que se escondia de mim. Quem sabe dessa ideia maluca que minha mente criou não saia o melhor que eu tanto esperava esse tempo todo.