Testemunho Parte III

Daí por diante cheguei a cair 2 vezes em tentação (fumando maconha) logo no início, mas me arrependi e continuei, fiquei firme dois anos e meio, fui batizada, lia a palavra, me esforçava para dar o melhor de mim a Deus, mas depois desses 2 anos e meio, no fim de 2007, comecei a ficar de conversa com um menino na internet, e a palavra é bem clara quando diz "Não vos enganeis, as más conversações corrompem os bons costumes" 1Co 15.33 Chegamos a ficar, e eu como gostava dele, não consegui me arrepender, então voltou tudo a ser como era antes e pior ainda, e muito mas muito mais rápido, voltei a ficar com meninas, fumar maconha; em menos de 4 meses estava fazendo tudo que eu fazia com maior intensidade e usando mais drogas do que antes, então resolvi fazer uma tatuagem e a oportunidade apareceu e de graça, isso em maio de 2007, e eu a fiz de graça, mas para fazer usei muita cocaína, porque foram 6 ou 7 horas tatuando.

Lembrei que nessa época que me afastei, as pessoas vinham falar que Deus estava me chamando de volta, e eu dizia que ia voltar, mas não naquela hora, e uma vez uma irmã até me chamou de cara de pau por fazer isso, mas na minha mente se eu declarasse que não ia voltar, eu iria perder a proteção dele, e como eu ia a muitas favelas, precisava dessa proteção, ou seja tentando enganar Deus, mas na verdade eu estava enganando a mim mesma.

No dia em que fiz a tatuagem, mais cedo, eu conversei com um colega que, se não fosse pra fazer o bem não havia motivos para viver, até evangelizei ele, e depois fui fazer a tatuagem.

Fiz o primeiro desenho da tatuagem na sexta e fiquei de voltar na segunda para fazer o segundo, pois eram quatro desenhos, que cobririam minhas costas todas, e teriam que ser feitos em 4 seções de 6h cada uma.

Saindo de lá fui pro ponto de ônibus e lá estava um aleijado de bengala que chingava uma senhora, e a senhora agüentava quieta, até que não agüentando ver isso, um homem veio no intuito de bater no aleijado e o empurrou, daí eu comecei a gritar em defesa dele, porque era injusto bater nele, porque ele era aleijado, e que eu ia chamar a polícia... Penso eu, que Deus olhou meu coração e viu que eu estava querendo sair daquela vida (morte).

No ônibus, encontrei um celular e liguei para a dona do celular falando pra ela que queria devolver ele, que eu tinha achado, coisa que eu jamais faria em outras ocasiões, aquele dia era mesmo o dia da mudança.

Chegando na Lapa fumei maconha e tomei metade de um quadrado de LSD, então fiquei muito chapada e eu tinha várias opiniões ao mesmo tempo, estava extremamente confusa. chegou uma hora em que eu estava conversando com um conhecido e de repente olhei pra ele, mas não o reconheci, e comecei a achar que ele queria me roubar, depois que eu percebi a minha confusão, começei a achar que eu estava ficando louca de vez, pois quando a pessoa toma LSD, corre o risco de entrar em uma onda e nunca mais sair, e então clamei a Deus, pois na palavra Ele diz "...e o que vier a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora" Jo 6.37, clamei para que aquilo não acontecesse, e no mesmo instante começei a chorar, e Deus abriu meus olhos e me fez enxergar o caos que estava a minha vida, estava desempregada, sem estudar, pichando muros, tomando várias drogas até em dias de semana, entre outras coisas.

E então me arrependi e entrei em desespero, um desespero tão grande que era como se a menor parte de mim fosse eu mesma, e o resto fossem demônios se revezando dentro de mim, como se fossem várias personalidades.. experimentei a loucura.

Eu tinha acabado de comprar um maço de cigarros, e quando olhei para ele, não acreditei que havia voltado a fumar, e então joguei fora cheinho, fui até o ponto de ônibus mas o ônibus não passava e eu tive a nítida impressão de que iam tentar me impedir de voltar para casa, então tomei um táxi e vim chorando todo o caminho mas não falei nada sobre isso para o taxista por medo de que ele se aproveitasse da situação.

Chegando em casa toquei e toquei a campainha, mas ninguém veio abrir a porta; e eu em desespero, parecia que tudo estava conspirando para que eu não voltasse para Deus; pulei o muro de casa e cai em prantos, peguei dinheiro, paguei o taxista (nesse momento era como se eu fosse uma das personalidades, um demônio).

Entrei no quarto e pedi para o meu irmão e para a sua namorada que lá estavam, para orarem por mim, mas eles, por não serem evangélicos, não puderam, então chamei minha avó, mas ela não estava orando com autoridade, então pedi para ligarem para o pastor da igreja que eu pertencia Reconciliação e vida, e ele veio com sua esposa; (eu via, como se fosse uma multidão de demônios me cercando, e eu clamando e clamando) e orou por mim com autoridade, e cai estirada no chão e me debatia e gritava e chorava, e a cocaína que eu tinha cheirado eu botei pra fora pelo nariz e, em alguns momentos, vieram vozes estranhas que sairam pela minha boca gritando coisas como:

-Eu não vou sair.

Mas o demonio teve q bater em retirada porque diante do nome poderoso de Jesus, Ele não poderia permanecer pois Jesus já o derrotou na cruz, pagou um alto preço pelas nossas vidas.

E eu tirei meus piercings nessa hora também, e enquanto me debatia com violência e ouvia algumas vozes no meu ouvido.

Obs: Antes deles chegarem, eu tinha jogado toda a droga privada abaixo, e era muita maconha e um comprimido de extase.

Quando a pastora foi orar pela tatuagem, ela quase teve um ataque cardíaco.... depois de eu ser liberta, tomei banho e dormi.

Então voltei pra casa de Deus mas continuava com uma vida mundana, tinha vezes que eu ia pra igreja e ouvia uma voz dizendo pra sair dali, porque meu lugar não era ali, mas resistia a voz e permanecia, tinha vezes também que eu tentava louvar, mas tinha como que um nó na minha garganta, mas eu continuava.