PLATONICIDADE
Sabe:
Você nunca saberá qual a extensão do meu amor
Quem sabe, quando olhar o horizonte, possa
Vislumbrar uma estrela, a solidão, uma estrela só !
Mas,
Você nunca sentirá o calor do meu abraço!
Nunca lerá as minhas cartas de amor.
Quem sabe,
Quando a vida te desiludir, possa olhar sem medo
As pedras do teu caminho!
E,
Você nunca saberá do meu melhor carinho!
Você nunca saberá dos meus sonhos, das
Minhas fantasias, da minha poesia... dos poemas
Que fiz e rasguei e fiquei sozinha...
Quem sabe, quando minha imagem
Atravessar teu pensamento brote uma saudade,
De passagem, uma silenciosa curiosidade: Uma lembrança,
Mas,
Você nunca saberá do meu pedido de amor!
Quem sabe quando, me olhar a primeira vista,
Desperte para a verdade crua e... da maciez
Da minha pele nua: Você nunca saberá!
Quem sabe,
Um dia,
Ao ouvir uma canção inouvida,
Possa perceber que te amei, em vida,
A vida inteira... Por toda vida!
Obra publicada na 3ª MARSEM – Belém _ PA, 2001