Sinto Saudades de ti, Pai! (Parte 1)

Sentado na cadeira, fico a pensar. Pensar no passado, no presente e no futuro.

Ah! Passado ingrato! Tirou a minha alegria. Passado que deixa saudades. Passado que deixa marcas em meu coração. Passado que me fez chorar. Passado que já passou.

Eu era bebê. Quando todos queriam me carregar ao colo. Quando todos me entendiam. Podia sentir o amor de meu Pai, que me fazia rir, chorar e gritar. Podia sentir os braços dele, carregando-me ao seu colo. Posso ver seu sorriso ao olhar para mim. Sinto falta de nossos passeios, sinto falta de nossas brincadeiras. Queria eu abraçar meu Pai: Pai este que me amou. Porém, já se foi.

No meu passado, senti na pele o que é ser amado, ser desprezado, ser trabalhador e ser preguiçoso. Senti a grande diferença de não ter Pai: senti a perseguição daqueles que se diziam meus 'irmãos'. Pude entender, de modo relativo, o que é perseverança. Fiquei sabendo o que eu tinha de bom. Fiquei sabendo o que é uma depressão.

Ah! meu presente! O que sinto no presente, em parte, compensa o que passei. Estou aprendendo a amar. Amar uma pessoa que precisa ser amada. Mas, este presente traz obstáculos que, se não fosse meu grande amor, não conseguiria.

Ah! futuro! Penso positivo, pois não há motivo para pensamento negativo.