Simplício Coelho de Rezende-Pequena Biografia

Simplício Coelho de Rezende nasceu em 01/04/1841 na Fazenda Curral de Pedras, então Município de Piracuruca, atualmente Município de Piripiri. Era filho do tenente-coronel Simplício Coelho de Rezende e de Rosa Lina de Castelo Branco. O pai teria nascido por volta de 1810 na fazendo Curral de Pedras. Jornal de 23 de maio de 1863 (Diário do Rio de Janeiro) noticia a nomeação do "major Simplício Coelho de Rezende para tenente-coronel chefe de estado maior do comando superior da guarda nacional dos municípios de Piracuruca e Pedro II". Faleceu por volta de 1868.

O tenente-coronel Simplício Coelho de Rezende foi casado em primeiras núpcias com Rosa Lina de Castello Branco e em segundas com Clementina de Britto Passos. Rosa nasceu por volta de 1815 na fazenda de Lages, filha de Bernardo José do Rego Castello Branco e de Cândida Rosa Lopes. Conforme o trabalho "A Mística do Parentesco" de Edgardo Pires Ferreira, seria irmã de Auta Rosa Cesário de Castello Branco, dona de notável solar em Parnaíba conhecido como "solar de dona Auta". Rosa faleceu por volta de 1849. A segunda esposa do tenente-coronel Simplício Coelho de Rezende, Clementina de Britto Passos, era filha do grande fazendeiro Pedro de Britto Passos, de Piracuruca e era irmã de Gervásio de Britto Passos, importante liderança política em Piracuruca e futuro senador da República (1908/1915). Clementina faleceu em 1868, conforme notícia do jornal "A Imprensa" do Piauí (edição 143 de 1868).

Simplício fez os primeiros estudos em Piripiri sob a orientação do fundador dessa cidade, o padre Freitas, que apesar de sacerdote teve esposa e filhos. Posteriormente, cursou a Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1868. Teria feito esse curso com brilhantismo, conforme Adauto Coelho de Rezende em sua pequena biografia sobre o Dr. Simplício Coelho de Rezende. Algumas fontes apontam como tendo sido professor de Filosofia nessa Faculdade também, como o Dicionário histórico e geográfico do Piauí de Cláudio de Albuquerque Bastos, o que acredito ser um equívoco. Em sua época de estudante, eclode a Guerra do Paraguai, quando junto a outros colegas piauienses oferece seus serviços ao governador da província de Pernambuco.

Retornando ao Piauí, exerceu o cargo de promotor público em Piracuruca, onde se desentendeu com o marido de sua irmã e juiz municipal Leocádio Cabral Raposa da Câmara. Foi ainda promotor público na importante cidade de Parnaíba e juiz municipal em Barras. Nomeado promotor em Campo Maior, não tomou posse do cargo.

Teve atuação destacada no Piauí como advogado, professor, jornalista e político. Lecionou, conforme João Pinheiro em seu livro "Literatura Piauiense", no Liceu Piauiense nas disciplinas de Latim e Geografia. Foi deputado provincial no Piauí (1870/1873) e jornalista político aguerrido. Sobre sua atuação jornalística, há excelentes trabalhos, destacando-se o estudo das pesquisadoras Camila de Sousa Melo e Jéssica Catarine Santos da UFPI e orientadas pela Doutora Ana Regina Barros Rêgo Leal (disponível na Internet) denominado "A Phalange: voz e discurso do jornalista piauiense Simplício Coelho de Rezende" de 2011. Simplício atuou nos jornais "A Época", "A Phalange" e "O Democrata".

Coelho de Rezende foi deputado geral pela décima nona legislatura (1885) e vigésima legislatura (1886/1889). Como deputado, se empenhou em conseguir desobstruir parte do rio Parnaíba e expandir o telégrafo de Teresina para Parnaíba, passando por algumas cidades do interior, sendo que as verbas para esses projetos constam na Lei n. 3.397 de 24 de novembro de 1888 que fixou a despesa geral do Império para o exercício de 1889. Posicionou-se, também, contra a utilização patrimonialista das Fazendas Nacionais no Piauí e a favor da criação de um bispado em cada província do Brasil (ver jornal "Leituras Religiosos" da Bahia de 2 de junho de 1889, n.7).

Apesar dos serviços prestados por Simplício na carreira política, sua atuação ficou marcada por sua participação na chamada Questão Militar, mais especificamente no conflito envolvendo o coronel Cunha Matos. Esse conflito ocorreu em 1886 quando o coronel Ernesto Augusto Cunha Matos descobriu supostos extravios de fardamento, denunciando o capitão Pedro José de Lima, ligado ao Partido Conservador. Simplício, entretanto, defendeu o capitão Pedro José na Câmara, alegando que o coronel Cunha Matos havia tirado conclusões precipitadas, protegendo o alferes Jose Mendes, ligado ao Partido Liberal, em cuja casa Cunha Matos havia se hospedado.

Cunha Matos respondeu de forma ríspida pela imprensa, alegando que Simplício estaria agindo por ordem do capitão Lima. A resposta do coronel foi forte e mais forte ainda foi o novo discurso de Simplício na Câmara, afirmando que Cunha Matos foi traidor e covarde durante a Guerra do Paraguai e que havia mantido relações sentimentais, quando preso, com Madame Lynch, a esposa de Solano Lopez.

Segundo Tobias Monteiro (ver Correio da Manhã de 12 de março de 1950-Notas do "Caderno" de João Paraguassú), o discurso de Rezende estarreceu o plenário e, após a sessão da Câmara, Simplício teria ido para a rua do Ouvidor, ficar andando de "um lado para o outro". Interpelado por Serzedelo Correia, militar e figura de destaque no posterior governo republicano, Simplício respondeu, calmamente, que estava à espera do coronel Cunha Matos para falar na cara tudo o que tinha acabado de dizer no plenário.

Sobre as alegações em relação ao coronel Cunha Matos, cumpre destacar que Simplício não inventou a acusação de que o militar tinha sido traidor na Guerra do Paraguai. O jornal "A Tribuna Militar" já havia veiculado essa informação em edições anteriores (ver "A Imprensa Periódica Militar no Século XIX: Política e Modernização no Exército Brasileiro -1850-1881-", tese de Fernanda de Santos Nascimento, 2015). Cabe esclarecer que Cunha Matos, entretanto, havia sido absolvido dessa acusação em julgamento efetuado pelo próprio Exército (ver artigo "Os Militares e a República" de Jarbas Passarinho).

Após o discurso de Simplício Coelho de Rezende, Cunha Matos acabou por envolver o Ministro da Guerra Alfredo Chaves em suas reclamações, sendo preso por isso. No fim, após a grande repercussão do caso e amplo envolvimento de políticos e pessoas de destaque no Exército como o Visconde de Pelotas e Deodoro da Fonseca, Cunha Matos e outro companheiro punido no conflito entre militares e políticos, Sena Madureira, tiveram a ficha limpa das punições que receberam, saindo o gabinete Cotegipe enfraquecido. O Ministro da Guerra demitiu-se com a questão e o Exército se afirmou como força política.

Ressalta-se que Simplício sempre foi polêmico e enérgico na defesa de seus grandes amigos, colecionando assim ferrenhos inimigos, como se comprova com a publicação do jornal "O Latiquara", feito especialmente para ofendê-lo. No Piauí, teve conflitos sérios com grande parte do próprio Partido Conservador, como o célebre jurista Coelho Rodrigues, Teodoro Pacheco, Jayme Rosa e outros. É interessante destacar o debate entre Simplício Coelho de Rezende e Coelho Rodrigues, envolvendo também Jayme Rosa, no dia 07 de novembro de 1888 registrado nos anais. Um dos motivos do conflito era a ligação de Simplício com a Companhia de Navegação do Piauí, entendida por ele como essencial para o progresso da Província. Além disso, respondendo a acusações de Jayme Rosa de que era abolicionista de última hora, Simplício afirmou que já havia alforriado todos os seus escravos com exceção de uma, que, entretanto, residia em casa própria e com marido, quando foi alcançada pelo 13 de maio, enquanto Jayme Rosa possuía um escravo de nome Luís que havia fugido para o Ceará assim que essa província declarou a Abolição, não podendo, portanto, acusá-lo de abolicionismo de última hora sem hipocrisia. Não sei se Jayme Rosa respondeu a isso posteriormente.

Cumpre esclarecer que, no que concerne à "Questão Servil", Coelho de Rezende foi um abolicionista ferrenho. Após a morte do pai, segundo Tobias Monteiro, alforriou todos os seus escravos herdados. No dia 07 de maio de 1888, Coelho de Rezende fez parte da deputação composta também por Gonçalves Ferreira, Seve Navarro, Freire de Carvalho, Jaguaribe Filho e Olympio Valladão que recebeu o Ministro da Agricultura e o introduziu no recinto com "as formalidades de estylo, tomando assento à direita do presidente na mesa" para a apresentação da proposta de lei que terminaria com a abolição da escravatura.

Entretanto, na votação do dia 09 de maio, efetuada de forma nominal e que aprovou a emenda ao artigo primeiro da Lei Áurea, estipulando assim a libertação dos escravos a partir da data de promulgação da Lei, ou seja, de forma imediata, Simplício foi um dos poucos deputados que não compareceram à sessão. O resultado final foi 83 a 9 (bancada da Província Rio mais um).

No dia 10 de maio, data de aprovação da redação dada pela Câmara à Lei Áurea, Simplício é um dos presentes e apresenta, no fim da sessão, declaração de que teria votado sim ao projeto de lei se estivesse presente. Não sei o motivo que levou Coelho de Rezende a não comparecer à votação no dia 09 de maio.

Ao ser proclamada a República, Simplício Coelho de Rezende foi vítima de perseguições políticas por seus adversários, o que culminou com sua prisão ordenada pelo presidente da província do Piauí Gabino Besouro (26/09/1890 a 19/10/1890.). Sentindo-se perseguido e desprestigiado, mudou-se em 1891 para Manaus a convite do governador Taumaturgo de Azevedo, seu grande amigo do Piauí. Nessa cidade, teria exercido a chefatura de polícia, segundo o Dicionário Amazonense de Biografias de Agnello Bittencourt, apesar de constar na biografia de Rezende, de autoria de Adauto Coelho de Rezende que, na realidade, o chefe de polícia foi o seu filho Simplício Coelho de Mello Rezende.

Posteriormente, Simplício passou a colaborar como redator no jornal de seu grande amigo Agesilau Pereira da Silva, o "Diário de Manaus'', veículo que fazia forte oposição ao governador Eduardo Ribeiro. Dedicou-se em Manaus principalmente à advocacia, onde obteve muito prestígio. Foram notáveis as polêmicas jurídicas com Agesilau Pereira da Silva.

Coelho de Rezende foi monarquista intransigente durante toda sua vida, ajudando a organizar no Amazonas, junto com outros ferrenhos monarquistas, o "Centro Monarquista do Amazonas".

Em 1909, Coelho de Rezende foi um dos fundadores da Escola Universitária de Manaus, que foi a primeira Universidade criada no Brasil. Teve, infelizmente uma "vida curta", pois a partir de 1913 a economia do Amazonas já entrava em declínio. Não foi uma experiência destituída de importância, entretanto, pois parte dos professores continuou em Manaus, iniciando atividades econômicas que ajudaram a manter a economia da cidade com algum dinamismo nos anos de crise. No caso da Faculdade de Direito, esta foi a única que sobreviveu após a dissolução da antiga Universidade, hoje fazendo parte da atual Universidade Federal do Amazonas.

Simplício foi o primeiro diretor da Faculdade de Direito. Lecionou na disciplina de Direito Administrativo e foi diretor da faculdade até sua morte em 1915, além de reitor eventual da Universidade em substituição ao reitor e amigo Astrolábio Passos. Sua atuação foi de extrema importância na organização inicial da faculdade (ver "História da Faculdade de Direito do Amazonas. Manaus", de Anderson de Menezes. 1959). Além disso, foi um dos que opinaram na criação do "selo" da Universidade e que hoje é o selo da atual UFAM.

Ressalta-se também o célebre episódio do "Bombardeio de Manaus", em que a casa de Simplício Coelho de Rezende foi alvejada. O bombardeio de Manaus pela Armada, em 1910, se deu com o objetivo de destituir o governador Antônio Bittencourt, que se incompatibilizou com a importante família Nery e com Pinheiro Machado, já o "árbitro" da política nacional. A casa de Simplício era quase vizinha a do governador Bittencourt e, provavelmente, por falta de pontaria ou engano sobre de quem seria a casa, foi fortemente alvejada, escapando o nosso biografado da residência sob tiros de canhão. Sua versão do bombardeio pode ser vista no jornal "Correio do Norte" do Amazonas, na edição 586 de 10 de janeiro de 1911 (ver nos "Anais do II Colóquio Internacional", organizada pela Fundação Casa de Rui Barbosa, o artigo "Análise do interior de uma residência burguesa manauara do período áureo da borracha" da pesquisadora Marcia Honda N. Castro).

A residência bombardeada, entretanto, foi apenas parcialmente destruída e ainda existe, mesmo que modificada. Sobre esta casa de bonita arquitetura, que fica na Rua Coronel Sérgio Pessoa, 115 e conhecida como Palacete Mello Rezende (assim era chamado o filho mais velho de Coelho de Rezende), escreveu Leandro Tocantins: "o palacete Mello Rezende, na Praça dos Remédios, a espelhar o bom gosto de seus proprietários, que dividiam seu tempo entre Manaus e Paris. Externamente é uma mansão portuguesa de dois andares, com influência mourisca trazida pelo 'art noveau'. Nos bons tempos, ostentava no salão de visitas, em seu teto de estuque, um lustre do século XVIII, estilo Luís XV (Regência), que pertenceu ao Palácio D`Aumale, em Chantilly, França" (Ver Jornal do Comércio do Amazonas de 31 de janeiro de 1973, reproduzindo artigo publicado originalmente na revista ''Arquitetura'' de dezembro de 1965 sobre "Aspectos da Arquitetura Tradicional de Manaus"). Seu interior é decorado com bonitas pinturas que teriam sido realizadas por um artista italiano que viajou a Manaus junto com Domenico de Angelis (pintor de parte do Teatro Amazonas).

Simplício Coelho de Rezende faleceu no dia 15 de fevereiro de 1915 às quatro horas em sua residência na Praça dos Remédios. Foi sepultado no cemitério São João Batista de Manaus, falando antes do sepultamento do corpo, em memória do falecido, seu grande amigo Ribeiro Cunha e o dr. Regalado Batista (Ver Jornal do Comércio do Amazonas do dia 17 de fevereiro). Era casado com a pernambucana Cândida Nympha, falecida em 1925 em Manaus e parente da família Nery da Fonseca de Pernambuco.

Tiveram os seguintes filhos:

1-Simplício Coelho de Mello Rezende (1873-1932)- Advogado e homem de letras. Monarquista intransigente, residiu por longos anos em Paris, onde adquiriu propriedade, tornando-se um grande amigo de Dom Luiz de Orléans e Bragança (1878-1920), o herdeiro do trono brasileiro. Mello Rezende ajudou a traduzir para o português o livro "Sob o Cruzeiro do Sul" de autoria deste príncipe, cuja edição em português foi custeada pelo Centro Monarquista do Amazonas. Em 1927, recebeu, em sua residência em Manaus, o filho mais velho da Princesa Isabel, Dom Pedro de Orléans e Bragança (1875-1940), sua esposa Elisabeth Dobrzensky (1875-1951) e sua filha mais velha Isabel de Orléans e Bragança (1911-2003), a futura Condessa de Paris. Registra-se também que a Princesa Isabel foi madrinha de uma das filhas de Mello Rezende, senhorita Denise Isabel. Na advocacia, foi professor na Faculdade de Direito do Amazonas e atuou em casos notáveis como a "Questão do Ituí", cujo arrazoado recebeu elogios de Clóvis Beviláqua, Carlos de Carvalho e Ruy Barbosa (a quem Mello Rezende solicitou consultoria e cujo parecer sobre o caso está registrado em arquivos da Fundação Casa de Rui Barbosa e disponível na Internet). Foi ainda advogado da firma "May e Jackill", construtores da ferrovia Madeira Mamoré. Mello Rezende teve seu nome aprovado para ser titular de uma das cadeiras da Academia Amazonense de Letras, mas faleceu antes de tomar posse em 1932. Quando de seu falecimento, houve declarações de pesar na Academia Brasileira de Letras por parte de Afonso Celso de Assis Figueiredo, que teceu uma pequena biografia de Mello Rezende. Seu filho Paulo de Mello Rezende, professor de francês do Ginásio Amazonense, foi igualmente monarquista. Com descendência. (ver Diário de Notícias do Rio de Janeiro de 23 de Julho de 1932, número 762 e Revista Genealógica Brasileira, Edições 1/2 e 5/6, ambos contendo pequenas biografias sobre Paulo de Mello Rezende e família).

2-Análio de Mello Rezende (1882-1956)- Advogado, foi Consultor Jurídico da Associação Comercial do Amazonas e do Banco do Brasil, além de professor e diretor da Faculdade de Direito do Amazonas, sendo o primeiro professor emérito da instituição. Quando estudante de direito em Recife, assinou a ata de fundação do Sport Clube Recife. Com descendência.

3- Carlos Alberto de Mello Rezende- Advogado, assinou a ata de fundação do Sport Clube Recife quando estudante. Foi promotor público em Manaus e professor da Faculdade de Direito do Amazonas. Foi uma das pessoas que receberam o escritor e intelectual francês Paul Adam quando de sua visita ao Amazonas. Transferiu-se para o Rio de Janeiro onde foi fiscal de bancos e faleceu em 1938, acredito que sem descendência.

4- Júlio de Mello Rezende- Engenheiro, radicou-se no Rio Grande do Norte. Acredito que deixou descendência.

5- Elisa de Mello Rezende (Rego Monteiro)- Casou-se com César do Rego Monteiro (neto do Barão de Gurgueia, importante membro da sociedade piauiense), desembargador, presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, senador (1916/1920) e governador do Amazonas (1920/1924). Como governador foi acusado de corrupção e foi derrubado pelos tenentes em 1924 (Comuna de Manaus) quando já estava afastado do cargo e viajando pela Europa. Elisa é lembrada por ter organizado um luxuoso baile "à Segundo Império’’ em 1922 enquanto o funcionalismo do Amazonas não recebia salários integrais. O governo Rego Monteiro é muito mal avaliado pela posteridade. Elisa faleceu em 1930 no Rio de Janeiro.

6- Rosa Lina de Mello Rezende (Falcão)- Casou-se com Antônio Pio de Moura Falcão e foi mãe de Clóvis. Ambos, entretanto, faleceram, antes dela. Não deixou descendência.

7-Laura Rosa de Mello Rezende (Rubim)- Casou-se com Benjamin de Sousa Rubim, desembargador, professor da Faculdade de Direito do Amazonas e presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas. Deixou descendência.

8- Maria Augusta de Mello Rezende (Rubim)- Casou-se com Antônio de Sousa Rubim, advogado. Sua filha Mercedes foi casada com o médico Madureira de Pinho, curiosamente sobrinho do militar Sena Madureira que, durante a Questão Militar, esteve no lado oposto ao de Simplício Coelho de Rezende. Com descendência

9-Pergentina de Mello Rezende (Rocha)- Casou-se com seu primo Aristides Rocha, advogado, deputado estadual, deputado federal e senador (1924/1930) pelo Amazonas. Aristides foi ainda professor e diretor da Faculdade de Direito do Amazonas. Pergentina faleceu em 1962 e deixou descendência.

Dos colaterais, destacam-se, dentre outros, seu sobrinho Anthero Coelho de Rezende, desembargador no Piauí e no Amazonas, presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, seu sobrinho-neto Expedito Freitas Rezende, grande nome do Itamaraty e Adauto Coelho de Rezende, autor de pequena biografia sobre Simplício Coelho de Rezende e um dos incentivadores da criação do Museu da cidade de Piripiri.

Conforme João Pinheiro em seu livro "Literatura Piauiense", de 1937, com trecho transcrito na biografia escrita por Adauto Coelho de Rezende, Simplício publicou: (1)-Formulário dos diversos processos derivados das disposições da lei n. 2040 de 28 de setembro de 1871 e do regulamento que baixou com o decreto n. 5135 de 13 de novembro de 1872; (2)-‘’Epítome Eleitoral’’, contendo notas explicativas de algumas disposições do decreto de 9 de janeiro e das instruções de 29 do mesmo mês, formulários para o processo de eleitores e das eleições pelo novo sistema, 1881. (3)- Discursos proferidos em sessão da Assembleia Geral Legislativa de 1887, além de (4)-formulários de casamento civil, do registro do mesmo, dos nascimentos e dos óbitos precedidos e seguidos das leis que regulam essas matérias (1890). Proferiu, também, o discurso de instalação da Escola Normal Piauiense em 11 de agosto de 1882.

Simplício Coelho de Rezende foi homenageado com nome de importante rua em Teresina (Coelho de Rezende) e é patrono da cadeira número 26 da Academia Piauiense de Letras.

Bibliografia:

Dr. Simplício Coelho de Rezende-Biografia Resumida. Adauto Coelho de Rezende. Rio de Janeiro, 1981.

Análise do interior de uma residência manauara do período áureo da borracha, apresentado no ‘’II Colóquio Internacional A Casa Senhorial: Anatomia dos interiores’’ promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa. Marcia Honda Nascimento Castro. 2015. Parcialmente disponível na Internet.

A Phalange: voz e discurso do jornalista piauiense Simplício Coelho de Rezende. 1. Camilla de Sousa Melo. 2. Jéssica Catarine Santos e 3. Ana Regina Rego (Orientadora). 2011. Disponível na Internet.

A imprensa periódica militar no século XIX: política e modernização no exército brasileiro (1850-1881) / Fernanda de Santos Nascimento – 2015. Tese de doutorado, PUC-RS.

Os militares e a República. Jarbas Passarinho. R. Inf. Legisl. Brasília. a. 26. n. 104. outnov de 1989. Disponível na Internet.

A mística do parentesco. Edgardo Pires Ferreira. 2015. Disponível na Internet.

Dicionário Amazonense de Biografias: Vultos do Passado. Agnello Bittencourt, 1973. Rio de Janeiro.

Demais jornais citados acima.

GGRR
Enviado por GGRR em 20/04/2020
Reeditado em 13/05/2022
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