Inconsciente Perdão

Estava em praça publica.

Sob os olhos de meus servos;

Sob os olhos daqueles que tinham intenção de me promover.

Mas, estava em praça publica...

Diante dos olhos de quem me respeitava.

Amarrado ao tronco;

Açoitado, caluniado, difamado...

Açoites cortaram-me a carne, expuseram-me os ossos...

o pudor de minha alma....

Agora, tempos depois, vejo meu reflexo...

cicatrizes impregnam minha imagem...

Mas será minha imagem?

Quando a experiência da estar cravado ao madeiro dobra a esquina,

e parece estar em outra era geológica.

A magoa dissolve à brisa..

Ao olhar os olhos do carrasco, sinto a mesma consideração que sinto ao olhar qualquer próximo desconhecido!

Antes, não sarasse as feridas;

Antes continuasse a arder em carne viva.

Talvez saboreasse vinganças...

mas vinganças não é meu prato predileto...

Prefiro o calor do amor..

Talvez, nisto, ainda retenha relampejos da essência do Criador.

Edson Duarte
Enviado por Edson Duarte em 28/10/2007
Reeditado em 24/08/2008
Código do texto: T713276
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