Lindouro Damasceno Rosa

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Lindouro Damasceno Rosa, filho de Custódio Bonifácio Rosa, e Maria da Conceição Rosa. É natural de Ponte Nova (MG). Nasceu nessa cidade, em 11 julho de 1948.

Teve uma infância normal, como a dos garotos interioranos do seu tempo... Banhos de rios, cachoeiras, mergulhos, nados; pulos de árvores (de 5 metros de altura) em poço fundo. Guerras de mamonas, e o mais, era serviço à semana inteira com o pai; na lavoura de café (arrendada de fazendeiro).

Havia fartura por lá. Mas, o pai ganhando pouco, via seus minguados recursos financeiros esvaírem-se; além da notada perda natural das forças aos trabalhos braçais de lavrador...

Achou melhor deixar tudo e rumar com a família, para a capital mineira; em busca de melhoras... mesmo sem conhecê-la. — Damasceno com 11 anos.

Fixaram residência no Vila Operária (hoje, bairro Primeiro de Maio), região Norte de Belo Horizonte.

Damasceno concluiu a 5.ª série no colégio Católico Sta. Marcelina, na região da Pampulha. Alcançando a pontuação média de 5,4.

Seu lazer preferido de jovem era o futebol amador: de acompanhar, de apoiar e jogar (sempre aos domingos), devido ao trabalho.

Jogou como: infanto juvenis, juvenis e adultos; em segundo e primeiro quadro. Sempre com a camisa 10 ou 20.

Seu ingresso no primeiro quadro de jogadores se deu paulatinamente (aos poucos)... A princípio Damasceno, na reserva, era uma carta na manga dos treinadores: ao precisar substituir alguém em campo (da sua posição).

Fez parte do quadro de jogadores de dois grandes times do futebol amador de Belo Horizonte: no (Estrela) F. C. e no São Bernardo F. C.

Lembra com saudosismo dos três irmãos — craques deste último time: Zé Pintinho — ponta de lance, Edgar — que jogava com a camisa (5), e Mário com a (10). Este subiu para o time profissional do Atlético Mineiro.

Mas, não prosseguiu quase nada na elite do futebol brasileiro, pelo fato de ter que ficar mais tempo na concentração do clube, do que, em atuações de jogos profissionais.

O primeiro emprego de Damasceno fora numa fábrica de balas (empresa familiar), no Pirajá — próximo ao bairro São Paulo. Por ser muito comunicativo seu diretor o remanejou ao departamento de vendas externas.

Se deu muito bem na função: vendia, porta a porta, pelas ruas, e em cinemas. — Batia recordes de vendas dessas balas caseiras, gostosas, docinhas (pretas, e brancas).

Ainda em tenra idade e morando no bairro São Bernardo, quis aprender outra profissão e ingressou na Construtora Brasil (de terra plenagem), sediada no bairro Planalto. Como auxiliar de mecânica geral;

Nem precisou enfrentar o transtorno do transporte público da cidade: ia a pé, ao novo trabalho; na Av. Portugal.

Com quatro anos de muita dedicação na aprendizagem mecânica, até já merecia um reconhecimento, uma classificação profissional...

Em meados de 1970, pela Mineradora MBR, concluiu seu curso de "Mecânica em Máquinas Pesadas". Feito em veículos de transportes de minérios; com capacidade de transportar 35 e 45 toneladas.

Se tornou mais apto na profissão que escolhera. Tanto que fora convidado por esta companhia mineradora a fazer parte do seu quadro de funcionários. — E Damasceno, prontamente aceitou.

Após quinze anos de trabalhos pesados, em 1990, desligou-se da mineradora.

Precisamente em 1979, comprou seu cantinho (onde vive até hoje) no bairro Savasse, na sede do Município de Ribeirão das Neves (MG).

Casou-se com Lucilene, em 1980. Tiveram três filhos: Leandro, Leanderso (que moram em Portugal) e Leandra, em Vila Velha (ES).

A pedido assinou carta de divórcio, há cinco anos.

Dividiu o terreno com a ex-esposa e vive ao seu lado, na parte da propriedade que lhe coube.

Preferiu não se envolver mais em relacionamentos amorosos.

Mora sozinho e atualmente enfrenta sérios problemas de saúde... além de algumas limitações por questão da idade avançada...

Encontra forças na fé (frequenta o "Salão do Reino", das testemunhas de Jeová); nos filhos, mesmo longe dele (os trata de príncipes e princesa); e nos amigos que conquistou e conquista a cada dia.

Damasceno é carismático, receptivo, leal, verdadeiro; amigo dos amigos...

Além de preservar às amizades antigas tem uma facilidade enorme de conquistar novas amizades. E assim vai rompendo em fé e alegria, sem tantos reclames; os dias que ainda lhe resta.

*Nemilson Vieira de Morais,

gestor ambiental, escritor, acadêmico literário.

(29:10:23)

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 31/10/2023
Reeditado em 31/10/2023
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