Nordeste Brasileiro

Da mesma maneira que ainda existe o preconceito entre o Brasil e os países do primeiro mundo, há também entre o nosso querido nordeste e o sul e sudeste do Brasil. Se retrocedermos à época dos clássicos da literatura, como “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, “Menino de Engenho”, de José Lins do Rego, entre outros, vamos encontrar uma região dramática, de uma situação verdadeiramente catastrófica. E a literatura sempre fez sucesso mostrando o lado negro da história. Mas o homem, desde os seus primórdios, sempre pensou em evoluir, aproveitando os recursos que a mãe natureza nos disponibiliza. Assim, já podemos dizer que o nordeste está mudado, plagiando o nosso saudoso “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga, que diz em uma de suas canções: “Senhor repórter, já que está me entrevistando / anote tudo pra botar no seu jornal / que o meu nordeste está mudado / publique isto pra ficar documentado”. E sai enumerando as coisas boas que o nordeste já tem, mesmo quando ainda havia uma grande diferença em relação aos dias de hoje. Mesmo quem ainda não conhece “in loco”, os meios de comunicação permitiram divulgar a nossa realidade, atraindo turistas para o nosso belíssimo litoral e empresários que se encorajaram em investir na região. Hoje, do litoral ao sertão, há sinais de progresso, resultado do trabalho do homem que sempre quis mudar para melhor todo o seu ambiente, para usufruir o merecido conforto. É evidente que ainda não podemos nos igualar ao sul e sudeste, mas como em tudo há uma relatividade, nas devidas proporções nós também evoluímos. O sertão do São Francisco, onde antes só havia o retrato da miséria, hoje produz para o mundo inteiro. O homem, com terra, capital e trabalho, aliado à tecnologia, transforma todo o panorama de uma região. O nordeste agora é outro. Se ainda não acredita, venha ver de perto e confirmar o que disse Luiz Gonzaga ainda no final do século e milênio passados: “O meu nordeste está mudado”. Imagine hoje, no século XXI e 3º milênio.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 09/01/2008
Reeditado em 09/01/2008
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