Mário de Angelis

Quando se pretende escrever algum relato biográfico de uma pessoa, há sempre o risco de se exagerar nas atitudes e qualidades dessa. Contudo, no caso em pauta, acredita-se que isto está fora de cogitação, pois a pessoa focalizada nesta oportunidade é bastante conhecida nas cidades nas quais trabalhou e no âmbito da Secretaria de Fazenda de Goiás, onde prestou relevantes serviços e era largamente conhecido de todos, muitos dos quais certamente concordarão com tudo que aqui se encontra explícito.

Trata-se do saudoso, MÁRIO JOSÉ DE ANGELIS, brasileiro, paulista, nascido em 24 de setembro de 1.914, na cidade de Jaú em São Paulo. Filho dos imigrantes italianos, Giácomo de Angelis e Ermelinda de Angelis Morsiani. São seus avós maternos os também italianos, Lorenzo Morsiani e Albina Fabri que juntamente com os filhos, Anacleto; Ermelinda; Serafim; Egilda; Afonso; Rosa; Pietro e Ernesto desembarcaram do navio “Arno” em Santos no ano de 1.894, procedentes da cidade de Porreta Terme, região de Bolonha na Itália. Nos dias atuais, ainda existem alguns seus parentes na Itália, porém muitos desses residem na capital de São Paulo, Piracicaba, Jaú e Bariri, dentre outras.

Quando residia no estado de São Paulo, Mário trabalhara em serviços ligados à indústria algodoeira. Já rapazola, transfere-se para Campo Grande, ainda Mato Grosso, onde trabalhara por alguns anos na Casa Mão Verde, cujo proprietário era o Sr. Elias, um sírio-libanês. Depois de ter adquirido larga experiência nos trabalhos que realizara e ter amealhado um bom dinheiro, Mário resolve tentar a vida na cidade de Aporé em Goiás. Possuidor de caráter ilibado e espírito empreendedor, logo nos primeiros dias notara que naquela cidade havia escassez de médicos, para não dizer que não existia nenhum, por isso, inaugurou uma farmácia de pequeno porte, porém bem equipada para prestar os primeiros socorros a quem necessitasse de sua laboriosa ajuda. O certo é que permanecera por lá alguns anos e exercera seu sacerdócio de zelar pela saúde do povo de Aporé e povoações adjacentes com muita dedicação. Além disso, exercera também o cargo de Juiz de Paz. Era bem querido por aquelas bandas.

Surgira então o concurso para o fisco goiano e Mário não pensou duas vezes. Submetera-se ao concurso e obtendo aprovação, fora designado para prestar serviços na Coletoria de Alexânia, onde trabalhara cerca de um ano e meio. Já tarimbado como Fiscal Estadual, prestou serviços na cidade de Goiânia, Mineiros, Itajá, Aporé, Senador Canedo e Camprestre dentre outras. Casara-se com Maria Aparecida Benevides de Angelis, com quem tivera os filhos, Dário; Mário Jr.; Lúcio; João; Edna; Álvaro; Gabriel e Graziella.

Mário José de Angelis era fervoroso torcedor da antiga “Societá Sportiva Palestra Itália”, Sociedade Esportiva Palmeiras. Em suma, nosso focalizado era pessoa honesta, reservada e cheia de amigos por onde quer que andasse, mercê, talvez de seu caráter humanitário e o bom relacionamento com todos sem distinção. Por isto tudo que ele representa, quero dedicar este texto à todos seus netos e futuros bisnetos que não tiveram a sorte de conhecê-lo, ensejando que possam conhecer um pouco mais dessa maravilhosa figura humana que partiu da terra no dia 01/01/1.976 rumo às moradas do Pai Celestial.

Amarú Inti Levoselo
Enviado por Amarú Inti Levoselo em 20/05/2008
Reeditado em 20/05/2008
Código do texto: T998403
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